Saúde em Libras

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Hoje participei do I workshop de Saúde em Libras do Vale do São Francisco, realizado pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). O evento se iniciou com uma palestra que abordou o surgimento do SUS e a sua missão de garantir saúde a todos os brasileiros. 

Em seguida, palestrantes surdos contagiaram e inspiraram os presentes estudantes da área da saúde a aprenderem LIBRAS. Contando histórias de suas vidas e as imensas dificuldades que já encontraram em unidades de saúde, a plateia se emocionou e viu a necessidade de se transformar  para poder conseguir ouvir também essa população, que já sofre com o isolamento imposto por parte de uma sociedade que ainda não aprendeu a dar tratamento diferente a quem é diferente. 

Também foram realizadas apresentações de teatro, que faziam simulação de atendimento de surdos pelos estudantes, e demonstraram o quanto é essencial o engajamento da Universidade, que tem a missão de melhorar a vida daqueles que estão à sua volta, na preparação de profissionais capazes de atenderem aos surdos. Debates e um curso com sinais de termos técnicos da área da saúde, serviram como um pontapé inicial para uma preparação dos discentes, que deve ser aperfeiçoada cada vez mais, objetivando a humanização do atendimento a quem não consegue ouvir sons.

No final do evento sai com uma certeza: sou capaz de guiar a formação do meu futuro profissional, através de um curso de LIBRAS e contatos com surdos para ouvi-los, e isso só depende de mim. E se somos capazes de ouvir os surdos, também sei que somos capazes de ouvir moradores de rua, usuários de drogas, remanescentes quilombolas, índios de aldeias isoladas, habitantes de áreas descobertas e todos aqueles que não conseguem ter suas necessidades de saúde ouvidas pelo poder público.