Comentários sobre o filme SICKO
Este filme versa sobre os elementos fundamentais, técnicos e políticos, do sistema de saúde da América do Norte. Predominantemente baseado nos planos privados de saúde e forjado na corrupção da sociedade e do congresso americano.
Na medida em que o filme se desenvolve, temos uma compreensão da tragédia que é transformar saúde pública em mercadoria. Neste sentido, como forma de melhor delinear este sistema corrompido e desumano, o autor nos apresenta argumentos a favor do sistema público e universal de saúde, através da realidade de países ocidentais, tanto do espectro socialista (Cuba), quanto do espectro capitalista (França, Inglaterra e Canadá).
Por fim, ainda que o documentário não faça referência à realidade brasileira, em que formas diferenciadas de privatização através de gestões privatizadas que renegam a participação social estão se desenvolvendo e sendo questionadas pela inconstitucionalidade de seus fundamentos, dentre outras questões, o filme aponta para a necessidade de se cultivar princípios que estão na raiz do SUS: a universalidade, a equidade, a integralidade e a participação social.
Cabe ressaltar que não haverá humanização possível no sistema público, caso qualquer um destes princípios seja negligenciado. Não há micropolítica digna sem participação social.