ANÁLISE DO TEXTO DE SERAFIM BARBOSA

0 votos

ANÁLISE DO TEXTO DE SERAFIM

Serafim nos leva a compreensão, assim como promulga a Política Nacional de humanização – PNH, sobre a relação entre profissionais, gestão e usuários, de forma comprometida e compreensiva.Tal política tem o intuito da melhoria das práticas profissionais, a participação da gestão e  dos usuários, como a grande perspectiva para uma produção em saúde satisfatória, onde os atores envolvidos neste processo, entendam que saúde não é a ausência de doença, mas o bem-estar físico, mental e social. Dessa forma é importante que todos os atores envolvidos neste processo, como primícia, estejam bem. É importante que o cenário onde o objeto principal a ser trabalhado é a vida, todos os envolvidos estejam condicionados para o mesmo propósito e engajados nesta ação de forma valorizada. Diante deste entendimento simplista se faz importante ressaltar a fundamentação do autor, em seu primeiro capítulo, quanto a estrutura da PNH; princípios, diretrizes e dispositivos, como referenciais para a metodologia da tríplice inclusão dos sujeitos envolvidos na produção de saúde (trabalhadores, gestão e usuários), de forma corresponsável.
Dessa forma Serafim, traz ao seu texto a ideia de que a corresponsabilidade, como prima a PNH, é a possibilidade real para transformação do ser, em suas individualidades, estimulando sua capacidade, criatividade, de forma consciente e cooperativa, resultando na conquista de sua autonomia, o que favorece automaticamente para o bem-estar coletivo.
Fez-se importante ressaltar a preocupação do autor, quando abordou as questões que permeiam o trabalho em equipe, trazendo à tona, que quando a análise é feita pelas próprias equipes, algo se fragmenta, gerando “conflitos e incômodos, quase sempre silenciados”.
Partindo da concepção que produzir saúde não é uma prática solitária, ainda considerando que as relações de poderes e saberes devem se igualar nesta prática, o autor afirma que,
“Em qualquer contexto, o que é mais representativo no movimento de análise coletiva do trabalho é sua capacidade de alterar as relações de (des) confiança (na esfera dos saberes, poderes ou afetos), isso sendo a base para alargar o campo de comunicação e de aprendizado da cooperação, com consequentes reposicionamentos”.
Em seu trabalho, Serafim fez referência à problemática dos trabalhadores de saúde, no que diz respeito aos desafios encontrados para lidar com o paradoxo no Sistema Único de Saúde – SUS,  assim como a saúde do trabalhador, alguns outros enfrentamentos e dimensões do comprometimento do que é ser um sujeito envolvido no processo de produção de saúde.
Dessa forma, a PNH surge com uma nova metodologia de se fazer saúde, na busca de uma internalização do respeito à subjetividade dos sujeitos, valorização destes sujeitos, um novo olhar para a relação trabalho/trabalhador, como cita serafim em seu texto
“A humanização, tal como indica a PNH, efetiva-se nas práticas em saúde a partir delas, ou seja, das formas como estamos e agimos no cotidiano dos serviços. Institui-se por/com os sujeitos que compõem o SUS, em suas experiências; com os trabalhadores e usuários que habitam e produzem o dia a dia dos serviços de saúde. É no encontro entre esses sujeitos concretos, situados, que se constrói a própria Política e as transformações que propõe”.