Glaucia Ramos
Leitura e síntese do texto: Análise do Trabalho em saúde nos referenciais da humanização e do trabalho como relação de serviço. Autor: Serafim Barbosa Santos Filho.
Aluna: Gláucia da Costa Ramos de Oliveira
Tutora: Luzia Malta
Comunidade Alagoas na Rede.
O texto nos mostra que a PNH tem como estratégia essencial de operar com o chamado apoio institucional junto aos serviços de saúde. Analiticamente têm-se o trabalhador da saúde como sujeito inserido no processo de trabalho e nas relações institucionais estabelecidas.E assim o próprio trabalhador da saúde tem uma maior capacidade de analisar e de intervir nos seus processos de trabalho.
A PNH é estruturada por um conjunto de princípios, diretrizes e dispositivas. Os três princípios fundantes: transversalidade ( novos padrões de relação e comunicação entre trabalhadores, gestores e usuários); indissociabilidade (relação inseparável entre modos de cuidar); afirmação do protagonismo e autonomia dos sujeitos (corresponsabilidade nos atos de gerir e de cuidar).
As diretrizes são orientações específicas da PNH( cogestão, construção de coletivos e redes de compromisso em torno dos direitos dos usuários e valorização dos trabalhadores) e têm-se os dispositivos(tradução dessas diretrizes) como ferramentas que podemos usar para interferir nos processos de trabalho.
No texto, o autor enfatiza muito sobre a produção de mudança como transformação na vida dos sujeitos. A produção-relação de serviço é traduzida como uma mudança nas suas condições de existência. Compreende os trabalhadores como sujeitos que se transformam no e com o trabalho.
A proposta que o autor enfatiza é a de explorar essas dimensões a partir do aprofundamento da análise coletiva do trabalho, levantando as variáveis explicativas de como ele está organizado e as condições de sua realização.. E diante disso trazer à tona os aspectos relacionados aos sentidos, ou seja, qual o sentido dado pelo trabalhador á sua atividade ( motivação, satisfação e percepção de valor) .
A análise coletiva do trabalho serve para possibilitar a exploração de indicadores( analisadores) que revelam os pontos de ruptura e buscar estratégias para driblar as limitações, inventando jeitos e se reinventando como equipe.
A base essencial de uma equipe é a cooperação pois segundo Dejours, é aquilo que funda o coletivo de trabalho e que faz com que um coletivo se torne eficiente e eficaz. E um trabalho em equipe requer uma lida muito especial o que permeia todas as relações de trabalho: inter-profissionais, inter-equipes, inter-gestores e na interação com os usuários.
As propostas da PNH são, simultaneamente, um desafio de implementação e de avaliação. Tenta-se indicar o exercício de tecer-construir uma análise-intervenção com o que a realidade vai informando. E isso é um grande desafio pois temos realidades diferentes e portanto intervenções diferentes. E o mais difícil fica em analisar essas diferenças.
Na conclusão final o autor ressalta a PNH como política pública e a ser fortalecida no SUS e para isso passa pelo investimento no campo avaliativo partindo das premissas:
-Apropriação de analisar e avaliar:
– melhor conhecimento dos referenciais e objetivos específicos
– reflexão sobre o que se está realizando e experimentando
– aumento da capacidade de formulação não somente dos projetos-ações, mas também dos padrões-parâmetros-indicadores que revelam se os projetos estão acontecendo ou não
– capacidade dos sujeitos de se deslocarem para ver sistemática e criticamente as mudanças ocorridas e a repercussão para usuários, trabaçlhadores, gestores e instituição.