Saúde com Arte: teatro informa a sexualidade

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Por Letícia Bender
Acadêmica de Jornalismo do CEULP/ULBRA

Há cinco anos, um grupo de agentes comunitários e agentes endêmicos criou o grupo Saúde com Arte, da cidade de Horizonte/CE. A equipe de servidores públicos transmite informação dinâmica sobre temas na área da saúde, principalmente sobre sexualidade, em forma de teatro.

O (En)Cena entrevistou Fabio Sousa, agente de endemias, que está à frente do grupo composto por seis pessoas. Fábio conta sobre o surgimento do projeto e as motivações de trabalhar assuntos por meio da arte e agregar educação e saúde de forma cultural.

 

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Foto Paulo André

 

Fabio Sousa presente na IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica e Saúde da Família

 

(En)Cena – Como o projeto Saúde com Arte surgiu? O que vocês pretendem com o teatro?

Fabio Sousa – Antigamente, palestras e ferramentas de divulgação da informação eram utilizadas somente de forma oral, com apresentação de slides. Somente texto técnico. Não havia interesse por parte da população. E nós, como agentes comunitários e endêmicos, percebíamos que o nosso principal objetivo, que é informar e mobilizar a população, não estava sendo alcançado. Aí, organizamos um grupo com interesse em arte e cultura e começamos a escrever peças e esquetes teatrais com duração mínima de 20 minutos e temas ligados à saúde.

(En)Cena – Qual é o maior trabalho de vocês?  Em quais locais vocês encenam as esquetes?

Fabio Sousa – A peça carro-chefe do Projeto é O Auto da Camisinha, texto do Ministério da Saúde, é apresentada para adolescentes e jovens a partir de 14 anos. Nos apresentamos em escolas, empresas, praça pública, postos de saúde e demais locais que nos convidam para apresentar.

(En)Cena – Vocês tem financiamento de alguém para o trabalho do Saúde com Arte?

Fabio Sousa – No início, demos a cara à tapa (risos). Cada um dos integrantes da equipe auxiliava da forma que podia. A partir do segundo ano de trabalho, a Prefeitura de Horizonte se interessou pelo projeto e viu que ele atingia os objetivos desejados. Desde então, temos o patrocínio deles.

(En)Cena – Vocês procuram os locais para apresentação ou as organizações requisitam as peças?

Fabio Sousa – Começamos indo aos locais explicar o projeto e então fazer as apresentações. Hoje, como o grupo já está conhecido na cidade e com trabalhos consolidados, muitos órgãos solicitam as nossas peças.

(En)Cena – Ao longo dos 5 anos de atuação, vocês encontraram alguma dificuldade para executar o trabalho? Existem barreiras por causa da temática da sexualidade?

Fabio Sousa – Ainda há um pouco disso sim. Mas nós nos organizamos da seguinte forma: convidamos os pais dos adolescentes para uma conversa explicativa e lá, falamos da importância do teor projeto e de como ele será direcionado aos filhos. A camisinha ainda é um tabu e temos que lidar com o assunto de forma dinâmica e eficaz.

Confira a entrevista completa no portal (En)Cena – A Saúde Mental em Movimento.