Semana Nacional de Humanização começa com potente debate sobre o SUS na mídia

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Hoje (07), às 8h30, no auditório da Faculdade de Ciências Médicas-FACIME, foi aberta oficialmente a Semana Nacional de Humanização do estado do Piauí, em Teresina, com a plenária O SUS na Mídia: A força da Comunicação em Saúde no Piauí, envolvendo a participação de comunicadores, trabalhadores, gestores, conselheiros municipais e estaduais de saúde e estudantes.

O evento tinha como objetivo falar do SUS que dá certo “incluindo uma conversa informal com os comunicadores sociais sobre o sistema público de saúde, criando uma maior e melhor aproximação entre o sistema e os profissionais da mídia e entendendo as dificuldades dos profissionais em suas coberturas jornalísticas, bem como, oferecer oportunidade aos comunicadores para uma exposição de suas experiências durante as coberturas em saúde” explicou a apoiadora da PNH no Piauí e uma das organizadoras do evento, Ioli Piauilino.

A mesa de abertura contou com a presença de Annatália Gomes (consultora da PNH para o estado do Piaui), Ioli Piauilino (referência da Política Estadual de Humanização), Albano Amorin (Jornalista e apoiador temático da PNH no estado), Flávio Moura (Assessor de Comunicação , e membro da Câmara Técnica de Comunicação do CONASS) Fátima Oliveira (Jornalista e Assessora de Comunicação do HGV), Cristiane Ventura (Assessora de Comunicação da Fundação Municipal de Saúde-ASCOM.

Na oportunidade Annatália teceu algumas considerações sobre a Semana Nacional de Humanização, sobre o SUS, e sobre a relação deste com a mídia. “Temos avanços, e temos desafios , e é nesses desafios que nos juntamos para discutir as mudanças necessárias”. Pontuou. A seguir, fez a leitura da mensagem do Fábio Alves (Coordenador da PNH), sobre a Semana nacional de Humanização, o que recebeu bastante aplausos da plateia.

Na sequência, o Diretor do Hospital Getúlio Vargas, Carlos Iglezias Brandão, fez uma análise sobre o SUS, pontuando os serviços de alta complexidade ofertados pelo sistema, e apresentou o ponto de vista dos gestores de saúde em relação ao que a mídia publica sobre o SUS. “A tragédia sempre é mais retratada, talvez por uma necessidade do indivíduo em sentir prazer com aquilo (audiência), ou simplesmente por uma linha editorial de determinado veículo de comunicação. É preciso que a mídia se apodere dos conhecimentos sobre o SUS para que não distorça as informações sobre o sistema” Declarou.

Cristiane Ventura ressaltou o papel da imprensa na busca de informações para a população  e na  provocação de mudanças, e apresentou alguns dados sobre as denúncias/reclamações da população em relação ao SUS. Ressaltou que a grande maioria das matérias se reporta à questão da qualidade do atendimento (problemas) e sobre a gestão (desvios de recursos ou de finalidades). “ A imprensa  investiga os cenários e colabora com a produção de sentidos” . Enfatizou.
Flávio Moura ressaltou que a imprensa precisa produzir notícias, porém é preciso que as notícias atendam os dois lados: o lado das mazelas e o lado positivo da saúde.

Fátima Oliveira falou da importância da polifonia da comunicação, ressaltando que todas as vozes do SUS devem ser ouvidas e valorizadas na comunicação. Também ressaltou a importância da comunicação em rede.

Albano (jornalista e apoiador da PNH) falou da mídia como um lugar de embate e de interesses divergentes. Ressaltou a dimensão crítica do jornalismo, cuja função seria fiscalizar e denunciar as mazelas das políticas públicas.

A jornalista Caroline Oliveira, uma das convidadas para apresentar como se pautam as matérias  sobre o SUS, comentou que muitas vezes a mídia é procurada antes mesmo dos órgãos oficiais tomarem conhecimento do agravo. “Às vezes alguém está precisando de um atendimento médico e antes de procurar o serviço social da unidade de saúde, procura a imprensa para reclamar da demora, e se não tivermos um filtro de apuração, vai continuar a imagem de que o SUS é um serviço que só tem a desejar”, afirmou.

Adriane Cruz (Assessora de Comunicação Social do Conselho Nacional de Secretaria de estado de saúde-CONASS) fez a conferência “O Relacionamento da Mídia com o SUS”, enriquecendo a discussão com informações da sua tese de mestrado que versa sobre o tema. Chamou a atenção para a importância da interface da mídia com a academia, como forma de ampliar o conhecimento do jornalista em relação ao SUS.
Após as falas dos convidados, seguiu um rico debate sobre a temática, disparado pelo Teófilo e Pr. Robson  (conselheiros da Saúde), Emília (Assistente Social do HILP), Annatália Gomes (Consultora da PNH), Lucia Vilarinho (professora da UFPI e Heloides (Psicóloga).

O evento foi finalizado com um saboroso coffee break

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