SEMANA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO EM CAMPINAS

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SEMANA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO EM CAMPINAS

A Semana Nacional de Humanização, aqui no município de Campinas nos trouxe um momento de reflexão e de busca por coisas que estão se perdendo nos últimos anos.

Começamos a semana com o Sociodrama Público na Praça Carlos Gomes dirigido pela Trupe GiraMundus. Um encontro de muita sensibilidade e de imenso prazer. Na troca de energia e da intimidade da vida conhecemos a Dona Rute. Que encanto! Veio para praça de corpo e alma! E que alma… expressão de profundo compromisso com o outro e com a vida.

Nossa roda de Terapia Comunitária também propiciou aos presentes momentos de muita emoção e troca. Cada história contada, cada experiência trocada nos levou e refletir e pensar possibilidades infindas para as adversidades que vivemos e que nos angustiam.

As rodas de Movimento Vital Expressivo em diversos espaços abertos e coletivos por toda a cidade fizeram os usuários e trabalhadores se integrarem e investirem na busca por práticas integrativas e saudáveis.

O encontro com o pessoal da Comunicação Não Violenta mostrou que há saídas para uma relação de respeito e de valorização do ser humano e que esta responsabilidade está nas mãos de cada um de nós.

Encerramos a semana com a Roda de Conversa entre os Movimentos Sociais, o Coordenador Municipal da Atenção Primária, Dr. Carlos Abrahão e o Coordenador Nacional da PNH, Dr. Fábio Alves. Um debate quente e de qualidade. Pudemos ser sensíveis às necessidades de saúde de cada um dos movimentos e a, respeitando a singularidade de cada um deles, buscar o que têm em comum.

Estiveram presentes: Grupo Identidade (movimento dos GLTB), Promotoras Legais Populares (violência contra as mulheres), Conselho Municipal do Idoso, Movimento Popular de Saúde, Forum de Humanização do Parto, Aflore (movimento de usuários da saúde mental), Usuário da Coordenadoria da Diversidade Sexual, Casa Laudelina de Campos Mello – Organização da Mulher Negra e representante da Coordenadoria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade.

O que pudemos viver aqui em Campinas foi isso. Em tempos de dengue, de tanta desconstrução da nossa hisória e dos nossos serviços, de tanto descompromisso com a promoção da saúde, de pouca aposta nos espaços de construção coletiva, de desvalorização dos profissionais de saúde, pudemos colocar na pauta dos usuários e trabalhadores o encantamento e a sensibilidade com o SUS.

Pudemos viver momentos de busca interna do nosso papel de cidadão e do nosso papel de trabalhador brasileiro. De quem quer ver o mundo melhor e de quem contribui para que isto se concretize.

Vânia Barthmann