Saúde Mental
Olá Pessoal, sou acadêmica do curso de Psicologia da Fisma – Faculdade integrada de Santa Maria, o presente post é um requisito parcial para a matéria de Introdução à Psicologia da Saúde, ministrada pelo Prof. Ms. Douglas Casarotto de Oliveira.
Para entendermos, primeiro uma breve definição de “saúde mental”: diz-se que “é o equilíbrio emocional entre o patrimônio interno e as exigências ou vivências externas. É a capacidade de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de um amplo espectro de variações sem, contudo perder o valor do real e do precioso. É ser capaz de ser sujeito de suas próprias ações sem perder a noção de tempo e espaço. É buscar viver a vida na sua plenitude máxima, respeitando o legal e o outro.”. (Dr. Lorusso)
Na constituição brasileira de 1988, artigo 196, está garantida a saúde como direito de todos e dever do Estado, bem como o acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
As políticas de saúde mental têm passado por importantes modificações. A aprovação da lei nº 10.216, de abril de 2001, (disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.html) definiu as disposições sobre proteção e direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redirecionou o modelo assistencial em saúde mental. A desinstitucionalização, que é a descentralização do hospital onde era o único lugar passível de tratamentos e internações, vem como um grande fator influenciador à promoção da saúde, não apenas mental, mas a saúde como um todo.
Assim, neste processo, algumas práticas tendem a se firmarem (os CAPs) e outras serão extintas com o tempo (residências terapêuticas).
Reflexos nos custos e serviços de acompanhamento, ambulatórios, centros de atenção psicossocial e núcleos de atenção em saúde mental oferecem a continuidade do tratamento em ambiente aberto, oferecendo terapias, cuidados e reabilitação psicossocial. São cuidados intermediários entre a internação e a rede básica de saúde, fortalecendo a autoestima do portador de transtorno mental, e seus laços familiares e comunitários. Acredito ser de máxima importância esse contato entre o paciente e sua família, porque apesar de qualquer coisa e antes de tudo somos seres humanos que precisamos de atenção, amor, apoio, carinho enfim do calor humano, das pessoas que amamos perto de nós.
O redimensionamento da rede de serviços traz uma série de benefícios e de consequências, das quais vale a pena destacar:
As consequências benéficas que estão no nível ético e humano, diminuindo o estigma, promovendo a cidadania e a inserção social do portador de transtorno mental; e por outro lado, tais transformações envolvem enorme custo para a família, que não está preparada para cuidar, necessitando de apoio e orientação. Saliento ainda que a vida de um familiar ou ente querido não tem preço e se há a oportunidade de um melhor e ou mais eficaz tratamento não tem por que não aderi-lo. Enfrentam-se as dificuldades que forem necessárias, para reafirmar assim a vida digna de todos.
Fonte:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342009000200001&lang=pt
https://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1059
Por Rita de Cássia Penna Bianchin
Teu post me fez pensar e refletir sobre estas questões, visto que todos os dias nos deparamos, pelos jornais, com algum caso que nos traga algo impactante sobre a inserção social do portador de transtorno mental.