O parto normal e o empoderamento

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Um estudo recente (https://noticiasprofamilia.blogspot.co.uk/2012/01/medicina-de-ponta-mostra-que-celulas-do.html) afirmou que as células dos bebês permanecem por cerca de 40 anos dentro do corpo da mãe e que, por essa razão, as mães guardam na lembrança o nascimento de seus filhos por vários anos, independente da forma como a gestação terminou.

Mas, para as mães que tiveram seus filhos através de parto normal, a estória pode ser um drama, um caso de polícia, uma redenção ou uma chance para recomeçar. As estórias variam muito porque, no Brasil, pesquisas apontam que 80 por cento das mulheres preferem o parto via vaginal, e menos de dez por cento delas consegue ver o seu desejo realizado, devido a um sistema que desencoraja as mulheres nesse sentido.

O pequeno número de mães que tem um parto normal é quase unânime em afirmar que, apesar dos problemas, tiveram uma experiência única e inigualável, e que fariam tudo de novo. O que faria essas mães gostarem tanto de parir? O que muitas explicam é que parir dá uma sensação de dever cumprido. De terem sido fortes o bastante para encarar o trabalho de parto, tarefa que para nós, humanos, é tida como mais difícil do que para outros animais devido ao tamanho do nosso cérebro, um preço a pagar pela nossa inteligência superior.

A esse sentimento que toma conta das mães quando seus bebês nascem em um parto normal dá-se, atualmente, o nome de “empoderamento”. É quando a mulher se percebe capaz de feitos incríveis e se sente “mais mulher” do que se sentia antes. O fenômeno do empoderamento ocorre frequentemente depois de um parto normal por estar intimamente ligado a um lado mais natural, não-medicalizado do processo reprodutivo.

Para que isso se torne verdade, o parto tem que ocorrer em um ambiente respeitoso, cercado de encorajamento e dignidade para mãe e bebê. Atualmente, o movimento brasileiro pela Humanização do Parto está reabrindo este mundo esquecido às mães que ousem ultrapassar o seu próprio limite. O parto normal humanizado, para muitas, é a possibilidade de oferecer aos filhos uma via de nascimento que não apenas é amorosa, mas também a mais recomendada pela Organização Mundial de Saúde devido à sua altíssima taxa de sucesso, em comparação com as cesarianas eletivas.

E o protagonismo da mulher em seu próprio parto seria o que torna essa experiência tão atrativa e tão efetiva em devolver à mulher a sua capacidade de tomar decisões. As “empoderadas” afirmam que parir as fez perceber que são pessoas mais completas, e põe em cheque a figura do médico obstetra, que não é mais a estrela do show. Essas mulheres não ganham mais os seus bebês, e nenhum médico “faz” o seu parto. Elas têm orgulho de parir e de se conectar imediatamente com a cria, confirmando que a natureza é sábia, que os bebês sabem nascer e que as mulheres sabem parir.

O parto normal e o empoderamentoUm estudo recente…

Publicado por Gravidez não é doença em Quarta-feira, 2 de abril de 2014