Livro sobre avaliação e humanização será lançado no congresso da Abrasco

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Livro sobre avaliação e humanização será lançado no Congresso da ABRASCO

Como avaliar uma política cuja oferta principal é seu modo de fazer? ”Avaliação e humanização em saúde: aproximações metodológicas” é o nome do livro que traz uma resposta a esse questionamento e será lançado no próximo dia 03 de novembro, em Recife – PE, durante o IX Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (ABRASCO).
 

De autoria do consultor da Política Nacional de Humanização (PNH) Serafim Barbosa Santos Filho, a obra traz informações importantes sobre esse desafio de se verificar os processos de inclusão e construção coletiva dos novos sentidos do trabalho, gerados a partir da produção de novas práticas de atenção e gestão, com base no modo de fazer da PNH.  A publicação é direcionada a trabalhadores da saúde, gestores, pesquisadores e estudantes do campo da saúde coletiva.

“A PNH é uma política nova e precisa de um arsenal avaliativo para se consolidar.” afirma o autor. Segundo ele, não basta uma avaliação convencional, mas o desenvolvimento de uma estratégia e instrumentos avaliativos coerentes como o que ela propõe, que é a inclusão de gestor, trabalhador e usuário na produção de saúde.

O livro vem responder a esta necessidade e traz ao leitor muito conhecimento sobre os referenciais teórico-metodológicos avaliativos dentro da humanização, um conjunto de indicadores afinados com a PNH e um modelo com eixos e dimensões de avaliação. Sobre esse modelo, o autor propõe que se parta dos objetivos da PNH, indicando os efeitos esperados em cada ação, o método para se buscar e visibilizar esses efeitos e também indicadores que os expressem.

Um exemplo desse modelo: mudar as práticas de cuidado na rede de saúde, a partir do acolhimento. Um efeito esperado é que esse cuidado seja repensado, propiciador de mais vínculo, mais inclusão, de uma inserção ampliada dos usuários e ao mesmo tempo que reorganize o trabalho das equipes para esse cuidado. O método para se buscar esses efeitos se refere a uma avaliação formativa e participativa, de discussões coletivas sobre o fazer/trabalho propiciando correções de rumo no processo, capacitando o trabalhador para a avaliação e gerando com isso o que indica a capacidade dessas mudanças alcançarem o usuário, melhorando seu atendimento e alcançando o trabalhador e a instituição com relação às mudanças de suas práticas.

“O desafio da avaliação merece a atenção da PNH pela necessidade de se tornar visíveis os efeitos da humanização, como a qualificação das práticas de gestão e cuidado,  e  também para dar conta das próprias especificidades da PNH”, finaliza o  coordenador da Política Nacional de Humanização, Dário Pasche.

Serviço
Avaliação e humanização em saúde:aproximações metodológicas
Autor – Serafim Barbosa Santos Filho (professor universitário, médico sanitarista e consultor da Política Nacional de Humanização)
Lançamento durante o IX Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (ABRASCO)
Dia 03/11/2009, às 16h em Recife – PE