Desafios atuais da REFORMA SANITÁRIA – programa ESPASUS do dia 24 de julho na TVT

16 votos

8a-conferencia-756x250.jpg

O SUS é o maior sistema público de saúde do mundo, tem 25 anos, muitos problemas, muitos desafios, subfinanciamento, mas conquistas enormes: a gente saiu, há apenas trinta anos, de um estado de falta total de saúde para um grau de assistência que esse país nunca teve ( … ) É uma política de estado totalmente construída pela população brasileira (…) patrimônio que é de cada um e de todos os brasileiros ( Tuto de Paula Souza ).

 

logoespasus.png

portal tvt.org.br

O programa ESPASUS é um espaço, como o próprio nome já anuncia, de diálogo mensal sobre a saúde e o SUS.

Nesta próxima edição a conversa se dará em torno dos atuais desafios enfrentados pela Reforma Sanitária Brasileira.

Em roda estarão:

Nelson Pereira dos Santos – Instituto de Direito Sanitário Aplicado – IDISA

Marília Louvison – Associação Paulista de Saúde Pública

Antônio José Barbosa – usuário e conselheiro do Piauí

Dia 24/07/14, às 16 horas ao vivo na TVT – portal tvt.org.br

você pode participar enviando perguntas e comentários

imgres_0.jpg

08_0083manifest_popular.jpg

 

Abaixo reproduzimos o documento base do Movimento da Reforma Sanitária

 

O Movimento da Reforma Sanitária Brasileira, integrado por várias entidades que atuam historicamente em defesa da saúde coletiva no Brasil, conclama a sociedade para a discussão e defesa das seguintes propostas:

1. Construir coletivamente um projeto nacional para o país, que promova a inclusão, que considere a saúde como direito humano fundamental e que reforce o papel do Estado na promoção de políticas e serviços públicos universais de qualidade.

2. Promover as reformas inadiáveis: Reforma do Sistema Político, com fortalecimento dos mecanismos de democracia participativa, controle social do processo eleitoral e financiamento público de campanhas;

Reforma Tributária que recupere os princípios da justiça fiscal – equidade, capacidade contributiva e progressividade – e que considere a tributação como instrumento de diminuição das desigualdades sociais; e Revisão da Lei de Responsabilidade Fiscal com relação ao limite da despesa de pessoal com saúde.

3. Reafirmar o Sistema de Seguridade Social Brasileiro, com valorização do orçamento da seguridade e ampliaçãodos recursos destinados à saúde, o que requer a aprovação imediata do projeto de lei de iniciativa popularque destina 10% da receita corrente bruta à saúde e o fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU) para o orçamento da Seguridade Social.

4. Extinguir os subsídios diretos ao setor privado e rever os gastos tributários e incentivos fiscais a planos de saúde, indústria farmacêutica e hospitais filantrópicos não-universais; efetivar o ressarcimento ao SUS, toda vez que clientes de planos de saúde forem atendidos na rede pública.

5. Responsabilizar os gestores federal, estaduais e municipais na efetivação da regionalização e das redes de atenção à saúde, reforçando a atenção primária resolutiva, garantindo o diálogo entre usuários, trabalhadores e gestores do SUS; integrar os serviços de saúde, diminuindo filas e tempos de espera e garantir a continuidade do cuidado.

6. Adotar irrestrito caráter público nos mecanismos de gestão e contratação de prestadores de serviços, superando as já fracassadas terceirizações e outras lógicas privatistas.

7. Adequar a formação em saúde às necessidades do SUS, tornando todos os serviços de saúde espaços de formação e educação permanente, e implantar carreiras públicas de base municipal, regional ou estadual, fortalecendo o trabalho em equipe multiprofissional.

8. Promover o desenvolvimento e a incorporação de tecnologias com base nas necessidades de saúde da população, além de uma política industrial nacional que contribua para a redução da dependência da importação e ampliação do acesso a medicamentos, equipamentos médicos, kits diagnósticos e insumos.

Junte-se a nós, por um Brasil mais igualitário e mais justo, por um sistema público de saúde com garantia de direitos a todos os brasileiros.

Vitória, 03 de junho de 2014

AMPASA – Associação de Membros do Ministério Público em Defesa da Saúde

ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva

ABRES – Associação Brasileira de Economia em Saúde

APSP – Associação Paulista de Saúde Pública

CEBES – Centro Brasileiro de Estudos de Saúde

IDISA- Instituto de Direito Sanitário Aplicado

REDE UNIDA – Associação Brasileira Rede Unida

SBB – Sociedade Brasileira de Bioética

radis_48.jpg