Em se tratando de qualidade no atendimento hospitalar, as superlotações de usuários nos serviços hospitalares de emergência tem preocupado constantemente gestores e trabalhadores. Uma alta procura de pacientes por atendimento, associada à desorganização do fluxo de entrada, gera abordagem de acordo com a ordem de chegada e não segundo o potencial de agravamento e risco de morte de cada caso, assim, a Classificação de Risco deve ser um instrumento para melhor organizar o fluxo de pacientes que procuram as portas de entrada de urgência/emergência, gerando um atendimento mais eficaz e humano.
Devemos, portanto, considerar também a importância da utilização de novos dispositivos ou diretrizes sobre a qualidade do atendimento em saúde. As ações de acolhimento ao usuário podem ser realizadas por qualquer profissional da equipe de saúde, desde que treinado para isto, não há uma receita pronta, mas sabe-se que através do processo de acolhimento torna-se possível identificar várias necessidades de saúde dos usuários uma vez que é um dispositivo de intervenção que não pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo, se constitui uma ação que não se esgota na recepção, mas que deve ocorrer em todos os momentos do atendimento.
O acolhimento deve favorecer a construção de relações de confiança e compromisso entre as equipes e serviço, mas precisamos continuar repensando e criando fórmulas para se chegar cada vez mais a uma atenção resolutiva, humanizada e acolhedora para a população brasileira.
