Desafios e Perspectivas das Residências em Saúde

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Carta da Oficina do GT Trabalho e Educação em Saúde

“Desafios e Perspectivas das Residências em Saúde Coletiva:

Residências em Medicina Preventiva e Social e Residências Multiprofissonais em Saúde Coletiva

 

Aos participantes do IX Congresso da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO)

Aos membros da ABRASCO

Recife, 31 de outubro de 2009.

 

Nós, representantes dos Fóruns de Residentes, Preceptores e Coordenadores de Programas de Residência em Saúde, em conjunto com integrantes de Programas de Residência de Medicina Preventiva e Social e de Programas de Aprimoramento em Saúde Coletiva, reunidos durante a oficina do GT de Trabalho e Educação em Saúde sobre “Desafios e Perspectivas das Residências em Saúde Coletiva: Residências em Medicina Preventiva e Social (RMPS) e Residências Multiprofissonais em Saúde Coletiva”, realizada no dia 31 de outubro de 2009, no pré-congresso do IX Congresso da ABRASCO, viemos por meio deste documento tornar público e pedir atenção e consideração aos encaminhamentos propostos nessa atividade.

Após análise da situação das residências em saúde e, em particular, das residências em Saúde Coletiva, reafirmamos a importância dessas residências enquanto modalidade estratégica para formação de profissionais tecnicamente qualificados e politicamente compromissados com a construção do Sistema Único de Saúde. Ao mesmo tempo, manifestamos nossa preocupação quanto à descontinuidade do financiamento desses programas, à interrupção dos trabalhos da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), bem como ao processo de extinção pelo qual passam as Residências de Medicina Preventiva e Social.

Diante disso, propusemos que:

– a Residência torne-se agenda política da ABRASCO, visando à defesa, aprimoramento e ampliação dessa modalidade de formação em serviço;

– apoio à retomada dos trabalhos da CNRMS;

– apoio à manutenção do financiamento dos programas atualmente existentes e ampliação conforme necessidades do sistema de saúde;

– apoio à instituição de mecanismos de avaliação dos programas de residência atualmente existentes;

– criação de grupo de trabalho para construção de diretrizes, habilidades e competências para formação em Saúde Coletiva através das residências e, conseqüentemente, revisão dos requisitos necessários das Residências de Medicina Preventiva e Social, junto à Comissão Nacional de Residência Médica;

– abertura de espaços na programação oficial dos congressos da ABRASCO para discutir o aprofundamento de conteúdos e práticas do campo da Saúde Coletiva nos cursos de saúde, bem como nos Programas de Residência;

– incentivo à publicação de periódicos com o tema da Residência e da formação em Saúde Coletiva.

– reconhecimento dos Fóruns de Coordenadores, de Preceptores e Tutores e de Residentes Multiprofissionais em Saúde – criados no bojo do movimento social pela expansão e implantação das Residências em Saúde – como interlocutores necessários na valorização da política de condução das Residências em Saúde.