Reforma Psiquiátrica: da Psiquiatria Democrática à Antipsiquiatria

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Por Hudson Eygo

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A loucura se institui como produção social e principalmente como produto da ciência psiquiátrica com Pinel. Em seu nascimento, a psiquiatria vê no louco um ser socialmente incapaz, e junto com a justiça o destitui de sua humanidade.

Os transtornos mentais são, nesse período, catalogados, e diferenciados, enquanto que o paciente mental é institucionalizado e mantido em manicômios sobre o tratamento moral proposto por Pinel. Essa prática perdura por no mínimo dois séculos, quando a humanidade levada pelos princípios de igualdade, liberdade e fraternidade herdados da Revolução Francesa, pelos resquícios da Segunda Grande Guerra, e pela vergonha dos experimentos nazistas, começa a repensar sua práxis, e modo de ver a loucurarhs_2.jpeg.

Segundo o movimento da Antipsiquiatria, a loucura não existe! É uma produção social: a sociedade promove a loucura, e numa tentativa de se livrar de sua culpa tenta tratá-la, enquadrá-la.

Esse movimento buscava uma reposta para a produção da loucura, diferente da visão proposta pela psiquiatria até o momento. Segundo eles, já que a loucura era um fator social não necessitaria de tratamento. A Antipsiquiatria ainda defendia que o delírio, por exemplo, era uma tentativa do individuo de mudar sua realidade, e por esse motivo, não deveria ser contido.

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