Silvano Batista Arantes faz parte do corpo de funcionários do Hospital de Urgências de Anápolis (HUAna). O homem de 45 anos permaneceu quase toda a sua vida sem saber ler ou escrever.
Como muitos brasileiros, ele só sabia desenhar o próprio nome e se sentia prejudicado e até mesmo passado para trás por conta do analfabetismo. Percebendo essa necessidade, a enfermeira Núbia Stort começou a incentivá-lo a estudar.
Embora Arantes tentasse cursar a alfabetização em período noturno, o cansaço foi um empecilho, já que ele faz trabalhos braçais ao longo de todo o dia e não conseguia se concentrar durante as aulas.
Sabendo dessa dificuldade, Núbia conversou com a mãe, Marilda Stort, pedagoga aposentada, que atuou durante anos na alfabetização de crianças e adultos, que prontamente aceitou o desafio de dar aulas voluntárias para Silvano, no auditório do HUAna durante o período de almoço.
Com dois meses, o auxiliar de serviços gerais já sente a diferença. Hoje ele fazer progressos, como identificar a linha de ônibus que precisa pegar para chegar em casa, fato que não acontecia antigamente. Ele também já consegue soletrar as palavras e tem se esforçado muito para aprender, fazendo as lições de casa e progredindo rapidamente.
A partir da história de Silvano, outros dois colegas procuraram a professora e começam também a frequentar as aulas e iniciar o aprendizado.
