Resumo da Cartilha Trabalho e Redes de Saúde

0 votos

 

      O HumanizaSUS  é uma política apoiada pelo Ministério da Saúde tendo como proposta trazer  métodos de humanização nos níveis de atenção e gestão, apostando na indissociabilidade nos modos de produzir saúde, ou seja, todas as ações devem ser tratadas juntas nos âmbitos dos processos de trabalhos, entre atenção e gestão, entre clínica e política, entre produção de saúde e produção de subjetividade. O HumanizaSUS também opera com o princípio da transversalidade que consiste na consolidação de redes vínculos e a corresponsabilização entre usuários, trabalhadores e gestores do SUS, na busca pela articulação das ações praticadas por todos os envolvidos nessas instâncias.
    As ações de humanização referente a valorização dos trabalhadores e usuários envolvidos no SUS é que são priorizadas para melhorar  a gestão dos serviços e a execução deles através da união de diferentes saberes existentes na produção de saúde, seguindo os valores que norteiam a Política Nacional de Humanização que são a autonomia, o protagonismo dos sujeitos, a corresponsabilidade entre eles, os vínculos solidários e a participação coletiva nas ações de saúde.
    As experiências  existentes no  ambiente de trabalho nos mostra que impossível compreender e cuidar da saúde se não considerarmos as situações existentes em nosso meio e os problemas que se originam sob nossas próprias práticas e que acarretam no nosso adoecimento, por isso a PNH consiste nas ações que devem ser discutidas e compartilhadas e a inexistência dessa prática implica em vários problemas como trabalho desgastante e repetitivo, a precarização nas relações  e condições de trabalho, um serviço mal visto pela população e a gestão centralizada que existe em seu contexto o adoecimento.
    Existem experiências concretas das práticas de humanização no SUS, onde o compartilhar e o pensar coletivo promove um ambiente mais saudável, buscando em conjunto o bem estar de trabalhadores e usuários envolvidos.
     Dessa forma, saúde aqui não tem o sentido de ausência de doença, mas é entendida como a possibilidade de criação de estratégias para lidar com as situações que produzem incômodo, dor, insatisfação, adoecimento. Uma pessoa doente imobiliza-se diante do obstáculo que se coloca à sua frente, se torna impossibilitada de criar novas normas de funcionamento onde se pode experimentar uma vida mais saudável. (TRABALHOS E REDES DE SAÚDE/ Ministério da Saúde, pag.11).

    Diante do exposto é possível compreender que existem situações que nos fazem adoecer, mas que também existe situações que nos deixam mais fortes e potentes para continuar a vida, depende da forma que nos colocamos diante das situações. Na produção de saúde não é diferente é preciso evitar que um grupo seja mais valioso que outro, pois prescrição e experiência devem andar sempre juntas e quando isso não ocorre o trabalhador fica impedido de criar e produzir novos conhecimentos tornando essa prática prejudicial a saúde do trabalhador. Nessa prática é importante destacar também que existe além das diferenças entre os trabalhadores, a diferença entre as profissões, entre os locais de trabalho que diz ser diferente o que trabalha no hospital do que ao que trabalha numa unidade de saúde, e entre as regiões que estão situadas.
    O trabalho em saúde é constituído por uma série de experiências e saberes específicos que em conjunto pode trazer grandes resultados. O trabalhador também tem a função de gerir porque é a partir de sua prática que é possível buscar meios junto com a gestão para melhorar cada vez mais o serviço sem fugir da sua essência e essa prática é constante, pois no decorrer do tempo vão surgindo demandas e necessidades diferentes e o serviço precisa acompanhar essas mudanças, por isso tem que existir a corresponsabilização, onde toda a equipe multidisciplinar se une para alcançar ou melhorar determinados fins em seu processo de trabalho.
    Para podermos começar a agir seguindo os princípios da Politica Nacional de Humanização existem meios e dispositivos para que se trabalhe a humanização nos serviços de saúde, um exemplo são as Comunidades Ampliada de Pesquisa – CAP  que fazem parte do Programa de Formação em Saúde e Trabalho – PFST. O CAP representa um grupo de multiplicadores composto por consultores, apoiadores, pesquisadores e trabalhadores locais que ajudam as unidades de saúde a trabalhar com o método do aprender fazendo. Existem alguns setores dentro da instituição que podem ajudar a disseminar esse trabalho, como por exemplo, as Câmaras Técnicas de Humanização (CTH), Grupos de Trabalho de  Humanização (GTH), Setores de Recursos Humanos e de Pessoal, Serviços Especializados de Segurança e Medicina do Trabalho, Comissões Internas de Atuação em Saúde no Trabalho entre outras.
    Assim, é possível buscar meios de fugir dessa realidade  tão gritante na saúde sendo composto de tantos problemas, sabemos que a caminhada é longa, mas o comprometimento e a vontade de alcançarmos um SUS que dar certo são motivos para buscarmos uma melhor oferta da saúde, pois o SUS é uma conquista popular e precisamos cuidar dele para fortalecermos esses serviços que só vem a nos favorecer e são trabalhadores comprometidos e dispostos  a lutar por uma saúde melhor que ajudam a trazer cada vez mais trabalhadores e usuários comprometidos em busca de uma melhor oferta da saúde e assim vencermos essa luta.