Mod IV – Relato das cartilhas sobre Cogestão e Grupo de Trabalho em Humanização
A cartilha sobre cogestão foi desenvolvida pensando no principio de transversalidade da PNH, abordando diversos dispositivos para alcançar essa prática.
Para pensar em cogestão cada um deve assumir seu papel, tanto usuário, gestor e trabalhador, atentar para a importância dos conselhos de saúde em seus vários âmbitos e facilitar a participação social, que não pode estar restrita a essas instâncias formalizadas, mas deve ser valorizada e incentivada no dia-a-dia das unidades de atenção do SUS, em que a participação popular ainda é pequena.
Fazer cogestão é pensar coletivamente, sair do pensamento do eu para um pensamento de grupo, onde as necessidades individuais e de classe dão lugar a importância de um bem estar coletivo.
As decisões são compartilhadas, procurando articular gestor, trabalhador e usuários. E para tal vários dispositivos vem sendo implementados como: Conselho de Gestão Participativa( conselhos formados em unidades de saúde para juntos discutir e aprovar o projeto diretor da unidade; atuar como espaço de negociação entre os segmentos; indicar ações prioritárias; definir os investimentos; e fiscalizar e avaliar a execução do plano de trabalho da unidade), Colegiado gestor de hospital, de distritos sanitários e secretarias de saúde ( as mesmas atribuições do CGP mas voltado para distrito/secretaria/hospital), Colegiado gestor da unidade de saúde ( formado por trabalhadores dos diferentes níveis de escolaridade atua no processo de trabalho buscando melhora-lo e envolver todos os trabalhadores), Mesa de negociação permanente e Contratos de gestão (são as pactuações feitas entre as unidades e suas instancias hierárquicas visando que sejam cumpridas as metas).
Outros dispositivos que também fazem parte de ações para viabilizar a cogestão são voltados para a participação dos usuários e familiares no cotidiano das unidades de saúde, como: visita aberta e direito a acompanhante, Equipe de referência e gerência com horários abertos, Ouvidoria descentralizada, Família participante, grupo de pais, grupo focal, Grupos de Trabalho de Humanização (GTH).
Grupo de Trabalho de Humanização é um dispositivo que busca melhorar o processo de trabalho através da criação de um espaço dinâmico para dialogo. Não está restrito a atenção direta como hospitais e unidades básica mas adequa-se aos diferentes âmbitos das instancias gestoras.
A participação é aberta a qualquer pessoa que esteja implicado na construção de propostas para promover ações humanizadas. Leva a uma aproximação dos trabalhadores que se identificam ao movimento entre eles e com os usuários, bem como a presença do gestor neste grupo fortalece o coletivo.
A formação de GTHs implica em uma mudança de praticas, criando um espaço que busca diminuir tensões do cotidiano como leva o trabalhador a observar com mais facilidade o coletivo. Pela interpretação das diferentes visões de um problema em comum. O grupo tem um sua formação um movimento onde cada participante pode desempenhar diferentes funções, coordenação, planejamento, articulação, etc.
Pode ser um grupo com uma curta duração pela observação que outros grupos devem ser formados para suprir as carências do serviço como pode ser um grupo com anos de duração. O importante é o comprometimento de seus participantes e a vontade de melhorar o processo de trabalho em saúde.