São inúmeros os desafios que enfrentamos quando trabalhamos com a defesa da vida e a gestão do direito à saúde. Estamos comprometidos com as dimensões do prevenir, cuidar, tratar, recuperar, promover e produzir saúde. Neste sentido, o acolhimento apresenta-se como postura e prática nas ações de atenção e gestão, nos serviços de saúde, favorecendo a construção da relação de confiança e compromisso entre as equipes e os serviços,como também na inter-relação usuários, trabalhadores e gestores na defesa do SUS. A cartilha apresenta a definição de acolhimento como ato ou efeito de acolher expressando uma ação de aproximação, de inclusão e de estar em relação com algo ou alguém. Assim, afirma-se como uma das diretrizes de maior relevância política, ética e estética da Política Nacional de Humanização; como instrumento tecnológico relacional de intervenção na escuta, na construção de vínculos e na garantia do acesso com responsabilidade e resolutividade dos serviços. Apresenta-se como dispositivo de intervenção que permite analisar o processo de trabalho, propondo mudanças nas relações profissional,usuário e rede social, através de trocas solidárias, humanitárias e éticas, reconhecendo o usuário como sujeito participante e ativo no processo de produção de saúde. Por tanto, Compreende um espaço de compartilhamento de saberes, angústias, demandas e invenções na construção de uma ação multidisciplinar de inclusão que deve acontecer nos serviços de saúde, em consonância com os princípios do SUS.
