50% – Um equilíbrio entre a Vida e a Doença
Por Aislane Oliveira
Quando se fala muito de um determinado assunto e quando a arte investe pesado em um tema, sendo ele abordado diversas vezes, de diversas maneiras e encarados sob perspectivas diferentes, o público costuma taxá-los de clichê cinematográfico, ou rotular como "moda". O que não parece muito correto, uma vez que por mais batido que o tema seja sempre há algo a mais para abordar, observar e absorver.
Entre esses assuntos, tem-se abordado com freqüência sobre pacientes terminais, mais especificamente com câncer. Não é algo inovador retratar a história de pessoas que de repente têm suas vidas transformadas por causa da descoberta de uma doença. Como exemplos clássicos temos: Um Amor Pra Recordar (2002), Antes de Partir (2007), Uma Prova de Amor (2009), Pronta Para Amar (2011), Antes de Morrer (2012) e o mais recente e que está atingindo um enorme sucesso A Culpa é das Estrelas (2014).
50%, é um filme baseado em fatos reais, dirigido por Jonathan Levine e estrelado por Joseph Gordon-Levitt (500 Dias com Ela) e Seth Rogen (Ligeiramente Grávidos), segue o padrão de filme triste mas não apelativo. Embora tenha pecado no humor tachado, talvez pelo fato de Seth Rogen ser desses atores que já possui rosto de comédia, ou por causa de nos negarmos a aceitar que o amigo usa o câncer do outro para se dar bem nas paqueras. Ou no final tudo se encaixa perfeitamente e então compreendemos o porquê do humor tachado, o porquê das válvulas de escape do personagem cômico dessa trama.
É, então, que conhecemos a Psicologia Hospitalar.
Vale ressaltar, no entanto, que o termo Psicologia Hospitalar é usado somente no Brasil, para designar o trabalho de psicólogos em hospitais. Não há precedentes em outros países. O movimento para demarcar "psicologia hospitalar" como uma especialidade surgiu a partir do final da década de oitenta, se concretizando em dezembro de 2000, quando o Conselho Federal de Psicologia promulgou a Resolução nº 014.
Um psicólogo hospitalar tem como função principal ser um suporte para o paciente, para ajudá-lo no processo de enfrentamento da doença, as angústias, aflições e duvidas acerca de tudo que está acontecendo. O paciente encontra-se fragilizado, assustado com sua situação, o intuito do psicólogo hospitalar é escutar, acolher o individuo em seu sofrimento, nas dificuldades que cercam essa fase, auxiliando o paciente durante o processo de adoecimento, visando à minimização do sofrimento causado pela descoberta da doença, o tratamento e a hospitalização. Além de tudo o psicólogo hospitalar também auxilia os familiares do paciente e presta assistência a equipe médica. A medicina está voltada para curar a patologia, enquanto a psicologia hospitalar busca maneiras de ressignificar a posição do individuo frente à doença.
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
pois parece que vivemos um tempo em que a parafernália técnica/tecnológica na saúde passou a substituir toda e qualquer possibilidade de abordagem dos modos singulares como cada um vive a doença que o acomete.
E sem incluir os sujeitos no manejo dos modos de cuidar nada se passa, pois perdemos o parceiro no processo.
Vejam o segundo webinário da rede: O Cuidado de Si: tudo o que você queria saber e não sabia que já sabia, especificamente sobre a potência e os saberes que se criam na relação entre o cuidador e os pacientes/usuários na saúde:
https://redehumanizasus.net/86227-resumoimpressoes-sobre-o-ii-webinario-o-saber-em-saude-e-o-cuidado-de-si-tudo-que-voce-queria-saber-e-nao-sabia-que-ja-sabe