Para os que ainda não sabem, de acordo com a Lei nº13.002/14, a partir de 2015, as maternidades do Brasil inteiro que atendem pelo SUS serão obrigadas a fazer o exame da linguinha em todos os recém-nascidos, antes do recebimento da alta médica. A medida visa detectar a existência da chamada língua presa, um problema originado de uma anomalia no frênulo (membrana que limita o alcance de movimento desse órgão).
As Maternidades e hospitais têm seis meses para se adequar à nova legislação, que conta à partir data de publicação no DOU. (23 de junho/2014).
De acordo com os especialistas o problema da lingua presa pode comprometer a fala, sucção, deglutição e mastigação da criança, por isso é tão necessária a detectação precoce.
A fonoaudióloga Roberta Martinelli, articuladora da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), explica que diversas publicações científicas nacionais e internacionais demonstram a importância da intervenção precoce, evitando o desmame antes da hora. "O impacto da língua presa na amamentação é muito grande. É oportuno ressaltar que bebês com língua presa mamam, mas cansam e não se saciam. Portanto, há um ciclo de alimentação ineficiente e estressante. Normalmente, são bebês que têm um intervalo muito pequeno entre as mamadas. Além disso, as mães relatam incômodo para amamentar e engasgos frequentes durante o processo", explica a especialista.
O relator do projeto no Senado, Eduardo Amorim, que é médico, explicou que o exame é simples, rápido e indolor. Enquanto o bebê está mamando, o profissional de saúde faz a avaliação anatômica e da força de sucção, além de análise dos batimentos cardíacos, da respiração e da saturação do oxigênio.
