O papel humanizador do fisioterapeuta nas unidades de urgência e emergência

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De 13 a 17 de outubro, comemora-se a Semana do Fisioterapeuta. Esses profissionais têm a missão de diminuir o agravo dos pacientes, contribuindo para a preparação destes às atividades rotineiras antes da admissão nos hospitais de urgência e emergência, garantindo-lhes um tratamento humanizado.

No Hospital de Urgências de Anápolis Doutor Henrique Santillo (HUAna), essa equipe desempenha inúmeras atividades diretamente ligadas à humanização, que abrangem a parte sistêmica; técnicas de ventilação mecânica menos invasivas, que gerem menos lesões e evolução para o sistema espontâneo de forma mais breve possível ; e sobretudo a preocupação com a ternura e o tocar esse paciente.

De acordo com o coordenador do serviço de fisioterapia do HUAna, Leonardo Gusmão, mesmo em estado de inconsciência, cada paciente é tratado de forma respeitosa e afetiva. “O enfoque da fisioterapia vai desde o processo inicial, onde muitas vezes o paciente se encontra inconsciente, sob sedação, mas o toque e o respeito transmitem afetividade e segurança, sendo uma conduta trabalhada em outras etapas do tratamento, ou seja, indispensável para a recuperação”, destaca.

Antes de restabelecer sua saúde, o paciente já é preparado para se reintegrar na sociedade, por meio de um tratamento que potencializa as possibilidades de recuperação. A equipe busca não evidenciar as limitações, trabalhando as potencialidades, para que ao sair da unidade haja a garantia de um processo de reabilitação e readaptação, mesmo que isso envolva a utilização de acessórios como próteses e órteses.

Alguns procedimentos são utilizados para a promoção dessa readaptação e reintegração. Um deles é o ortostatismo, uma maca que possibilita colocar na posição de pé, sem que haja necessidade de nenhuma colaboração ativa deste, uma interferência positiva em todo o sistema cardiovascular e respiratório, havendo consequentemente a melhora do sistema musculoesquelético, gastrointestinal e urinária.

Outro projeto da fisioterapia é trazer os pacientes estabilizados para a área externa da unidade, com intuito de despertá-los para a luminosidade e interação com um ambiente que não seja o hospitalar. “Temos alguns casos de pessoas que permanecem internadas por até seis meses, restritas ao leito, e trazendo-as para fora, muitas vezes até mesmo fazendo uso da oxigenoterapia percebemos melhoras consideráveis na autoestima, e consecutivamente auxilia na evolução do tratamento”, conta Leonardo.