AntiLAB – Registro do debate Dimensões da Clínica na Saúde Coletiva
Este é o registro do debate "Dimensões da Clínica na Saúde Coletiva" realizado pelo coletivo de estudantes de Saúde Coletiva da UnB (Campus Darcy Ribeiro) que compõem o Laboratório Antidisciplinar (AntiLAB) e contou com a mediação e o apoio do prof. Gustavo Nunes (DSC/UnB).
Agradecemos também a presença de todos os estudantes e profissionais que puderam estar conosco, é com muita alegria que esse tipo de espaço conte com a presença não só da comunidade acadêmica local mas com estudantes de outras universidades e profissionais de saúde.
Aguardamos a presença de todos nos próximos debates que poderão ser acompanhados na nossa página: https://www.facebook.com/pages/Laborat%C3%B3rio-Antidisciplinar-AntiLAB/497788980362682
9 Comentários
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Por Argus
Agradecido pelas boas vindas 😀
Gostei mesmo daqui hehe
e questões levantadas? Assim poderemos interagir mais e trazer outras questões.
Vocês vão disponibilizar as gravações por aqui?
Aproveito a oportunidade para convidar interlocutores tão interessantes como vocês para comentar o post:
Por Argus
Vamos disponibilizar sim, assim que a edição ficar pronta. Aqui e nos outros meios que tivermos 😀
Bom, pelo que ouvi do pessoal, gostaram muito! Inseriu "a" clínica, esta clínica no horizonte de possibilidades dos futuros sanitaristas aqui, nós inclusive. A questão que ficou mais forte pra mim e em aberto foi a de método: como fazer quando chegar, por exemplo, num grupo multiprofissional ou, em um conselho de saúde qualquer – como é um dos projetos nossos – e fazer essa clínica que, ao que parece, tem a liberdade como fundamental.
Alguma dica?
Abraço,
Argus,
A tua questão é a de todos nós. E como tudo hoje, é no fio da navalha que se decide se fazemos uma clínica que se abre à liberdade ou, ao contrário, aprisiona as subjetivações. Sabe a fita de Moebius de que fala Foucault e outros autores?
Nestes tempos, dançamos entre a fuga e a captura pelos poderes. Nem tudo depende de uma mera intenção de se fazer a coisa de forma libertadora. E aqui o método pode funcionar como a garantia de alguma potência.
Difícil prá caramba, Argus, mas uma tarefa interessantíssima!!!
Manda ver!
bj
Por mitiefu
Boa tarde a todos(as)!
Como a intenção do grupo foi abordar questões pouco discutido no curso, para nós, foi essencial a criação deste espaço. Um espaço rico, reflexivo, acolhedor e acima de tudo inovador para todos nós, estudantes de saúde coletiva.
Conseguimos levantar possibilidades de realizar a clínica na saúde coletiva. Aprendi o quanto é importante a construção dessa clínica em diversas área profissionais da saúde, ou seja, transformando em uma clínica transdisciplinar.
Estamos muito entusiasmados com a inclusão do tema e o sucesso do debate. Aguardamos todos vocês no próximo encontro do dia 3 de Novembro.
Abraços!
Participei do debate à convite dos alunos ativistas do AntiLab. Alunos que apesar do respeito e da dedicação à instituição acadêmica, desejam também pensá-la. À despeito de sua juventude, já sacaram que pensar a universidade é também criar dispositivos para fazer variar a sua experiência.
Em meio à produção capitalística, na qual professor e aluno são impelidos a tornarem-se "empresários de si" para corresponderem às expectativas de produção/consumo do mercado, carecemos de dispositivos que nos coloquem em comunidade. Viver a experiência de comunidade, algo tão negado no concreto da existência formatada pela produção capitalística, constitui-se em potencial forma de resistência e transmutação da experiência acadêmica.
O formato proposto em rodas abertas de debate, com temas demandados pelos alunos a partir de uma análise compartilhada em vários espaços acadêmicos, têm legitimado a valorizado a proposta. Acessar, buscar e comunicar temas que têm sido pouco explorados no curso de graduação foi o disparador, pois o dispositivo que se arma enuncia algo muito maior, pois os tais temas, são na realidade fronteiras de conhecimento, terrenos exploratórios, interfaces da Saúde Coletiva com outros campos de conhecimento. Revelam portanto, não apenas algo que se poderia considerar de imediato uma deficiência curricular, mas sobretudo a atualidade e potência de engajamento de um coletivo de alunos e professores, explorando seus próprios limites. Colocar-se na fronteira, no limiar, é um movimento desejante e revolucionário, desde que experimentado como produção imanente, como devir!
O primeiro debate, sobre a clínica e a Saúde Coletiva, foi um momento mágico para mim! Foi uma das poucas vezes, desde que me tornei professor, que vivenciei à plenitude de estar na universidade!
Para começo de conversa a roda se abriu com intervenções artísticas de música e poesia, protagonizada por alunos. A maior parte produções autorais. Esse momento foi chamado de "20 minutos de vida". Tratou o clima e nos colocou mais presentes e abertos ao debate. Abri minha proposição inicial, encomendada pelos alunos, para aquecer o debate fazendo um percurso aproximado à uma "história social da clínica", a clínica enunciada por Foucault em "O nascimento da clínica" e algumas leituras do Clínica a partir da transdisciplinaridade, dos coletivos, a clínica das instituições, e dos processos de trabalho, voltando ao campo da saúde e da saúde coletiva, passando inclusive pela discussão da clínica ampliada, produzindo paralelos entre Klinos e Clinamen nessas interfaces. Quando o debate se abriu outra grande surpresa. Mesmo estando presentes poucos professores, muitos alunos de graduação e alguns profissionais de saúde, não houve um movimento de perguntas e respostas direcionadas ao propositor. Seguiram-se comentários e outras proposições… Muitos alunos tinham lido e estudado muito, leram filosofia, leram autores difíceis como Deleuze e Guattari. Apareceram para debater Espinoza, Nietzsche, Kant, Freud, Agamben, Foucault, Pedro, Larissa, Daniel, Raul e tantos outros. Encontrei-me em uma ágora prá valer e o mundo ficou vivo e encantado! Muito emocionante! Aprendi muito!
Saímos todos com mais energia e mais potentes para não separar a clínica, a crítica e a política! Outros movimentos no curso de graduação estão mostrando o efeito desse experimento ao tempo de muitas revoluções (moleculares) por minuto!
Segunda, dia 3/11, à tarde (14h às 17h30min) no auditório da Fiocruz Brasília, tem mais! O tema é "Saúde Coletiva e o Governo dos Vivos: um debate sobre biopolítica e biopoder". Os propositores serão Francini Guizard, da Fiocruz Brasília e Natan Monsores do Departamento de Saúde Coletiva da UnB. Segue a mesma metodologia! Para participar é só aparecer lá às 14 horas!
Abraços,
Gustavo
Por Ricardo Teixeira
Deve ter sido mesmo um grande momento!
Parabéns a todos que estão fazendo esse movimento de vida na Universidade!
Abraços,
Ricardo
Querido Gustavo,
Obrigada por compartilhar com este coletivo e nos dar a exata idéia do que aí se passou.
Encontrar um grupo que, no lugar do funcionamento "de praxe", já sai produzindo junto, sem hierarquias de poder/saber é um reencantamento.
Reitero o pedido desta rede para o registro destes encontros ou, quem sabe até uma transmissão on line pela sala de eventos da RHS.
beijos saudosos,
Iza
Por Emilia Alves de Sousa
Olá Pedro,
Estamos felizes com a chegada do grupo trazendo informações importantes sobre o debate em saúde coletiva.
O debate por si só é relevante, e mediado pelo Gustavo é garantia de um rico aprendizado.
Sejam todos benvindos à RHS, e continuem compartilhando conosco os relatos dos debates realizados!
Abraços!
Emília