Inaugurado no sertão paraibano o pronto socorro com base nas diretrizes do HumanizaSUS
A partir desta semana, a cidade de Patos – PB, a 300 km da capital paraibana, oferecerá um atendimento diferenciado no pronto-socorro do Complexo Hospitalar Janduhy Carneiro. O serviço foi inaugurado na última segunda-feira, 23 de novembro, e é organizado com base nas diretrizes da Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS).
O Complexo é referência para 45 municípios da região e atende cerca de 400 mil pessoas por mês. O principal diferencial do pronto-socorro não é só a reforma da parte física, que teve início em maio de 2009, mas o acolhimento com classificação de risco, que vai priorizar o atendimento para os casos de maior urgência e vulnerabilidade. Para implantação dessa novidade, foi preciso capacitação e sensibilização de todos os 350 profissionais de saúde de acordo com as orientações do HumanizaSUS.
Após a primeira avaliação, feita pela equipe enfermagem, o paciente recebe uma pulseira colorida que determina a gravidade de cada caso e agiliza o atendimento. A cor vermelha a necessidade de atendimento imediato, como nos casos de traumatismos graves, dor aguda no peito, perfurações em partes vitais e queimaduras graves. A pulseira amarela indica urgência (dor abdominal, diarréia resistente, desmaio, etc.). Maiores de 60 anos, deficientes, e pessoas com suspeita de fraturas recebem a pulseira verde, indicando condição de prioridade, sem emergência.
A pulseira azul é utilizada para os casos não agudos e que serão atendidos por ordem de chegada ou encaminhados às unidades de menor complexidade, como nos casos de troca de curativos, emissão de atestado médico, recebimento de exames e outros.
Além do acolhimento com classificação de risco, foram implantadas também outras inovações que melhoram as condições dos trabalhadores no pronto-socorro e dos acompanhantes dos pacientes. A Unidade de Apoio à Família é um novo espaço com psicólogo de plantão e sala de ouvidoria além da implantação da visita aberta e garantia do direito ao acompanhante em tempo integral, com exceção para os internos na área de emergência (cor vermelha). Para garantir a saúde dos trabalhadores, foi construída uma sala anexa ao pronto-socorro, com espaço para repouso, acesso à internet e convivência dos trabalhadores.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Humanização da SES, Maria de Lourdes Lima, esta é uma mudança radical no modo de fazer do SUS. “Antes, não havia equipe estruturada, e os equipamentos eram precários. Agora, o hospital é uma vitrine, referência no estado”, afirma.
Por Dênis Petuco
Uma pergunta importante para os amigos de Patos, e que pode apoiar nossas lutas aqui na capital dos paraibanos e região metropolitana: o hospital Janduhy Carneiro está acolhendo pessoas em sofrimento psíquico? Há no hospital os tão falados mas pouco existentes "leitos psiquiátricos em hospital geral", estratégia fundamental para o fechamento dos famigerados hospitais psiquiátricos? E, última questão: há no hospital leitos para acolhimento de pessoas com problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas?
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