Educação e criminalização não previnem discriminação.
Telmo Kiguel
Médico psiquiatra
Psicoterapeuta
Para nós que pensamos no discriminador como agente causador de sofrimento psíquico e/ou físico não podemos deixar
de insistir que o fato de alguem ou um grupo ter uma educacão formal não irá impedi-la de ter uma Conduta Discriminatória. Portanto de agir como um machista, um racista, um homofóbico, etc.
Leiam mais este exemplo:
“Um grupo de estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi flagrado tendo uma atitude, ao menos, machista ao minimizar o estupro e ao não tratá-lo como crime. Em um bar na Savassi, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na noite desse sábado (20), a turma cantava “não é estupro, é sexo surpresa”, dentre outras frases sexistas”.
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E como vemos no texto abaixo, não basta todo aparato policial e jurídico para prevenir a ação do discriminador. Apesar de todas providencias legais, os números das ocorrências só comprovam que as ações dos discriminadores não são inibidas pela criminalização:
“Vejam se não é premiar o agressor a situação revelada pelos dados a seguir; somente em 2012, foram registrados 197 feminicídios, 9.716 lesões corporais, 24.500 ameaças e 1.492 estupros apenas aqui no Ceará. Infelizmente, o resultado dessas agressões foram 7.781 boletins de ocorrência registrados, onde apenas 2.019 resultaram em inquéritos policiais, 2.435 medidas protetivas, e pasmem, apenas 348 prisões”.
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https://anaeufrazio.blogspot.com.br/
Fonte:https://saudepublicada.sul21.com.br/
Publicado em 26/9/2014
Por Emilia Alves de Sousa
Oi Telmo,
Muito boa a sua reflexão.
O problema é que nem todo aquele que estuda, se educa de fato, como dizia a minha mãe.
A educação vai muito além do estudo simplesmente, passa pelo ensino/aprendizado da ética, da cortesia, da civilidade, do respeito, da humanização das relações, e isto nem todos ensinam/aprendem, e se ensinam/aprendem, não exercitam, infelizmente.
Penso que a criminalização em muitos casos é um mal necessário. Entretanto, uma criminalização que também eduque. Não apenas repressiva.
Penso inclusive que, todo detento deveria passar por um curso para (re)aprender a respeitar o outro. A detenção seria mais resolutiva.
Abraços!
Emília