O Misógino e sua vítima
O Dia Mundial de Não violência contra a Mulher me remeteu a um termo que fui apresentada há 18 anos: MISOGINIA.
A misoginia está diretamente relacionada a violência contra a mulher.
O termo grego "misógino" é utilizado pelos psicólogos para designar a pessoa que odeia mulheres, mas pode ser entendido como "pessoa que sente angústia com o convívio com a mulher". O misógino apresenta-se inicialmente como um verdadeiro cavalheiro agindo de uma forma muito amorosa para conquistar sua parceira. Com o passar do tempo vai avançando nos limites e torna-se extremamente controlador. Seus argumentos para com suas parceiras são capazes de aniquilar a auto estima das mesmas deixando-as com dificuldade de tomarem alguma atitude de libertação. Suas vítimas (parceiras) são oprimidas e violentadas.
Segundo Rita Maria Brudniewski Granato, a misoginia também pode ser definida como um transtorno psíquico, onde o misógino está envolvido num conflito entre a necessidade do amor de uma mulher e o medo profundo e arraigado das mulheres. Suas necessidades de intimidade com uma mulher estão misturadas com o medo de que ela possa aniquilá-lo emocionalmente, como foi em sua história pregressa. Suas experiências infantis é que geraram esse medo latente e inconsciente. A maneira como os pais se relacionam entre si e com os filhos poderia gerar o comportamento misógino.
Infelizmente existem muitos misóginos em nosso meio.
Infelizmente muitas mulheres são vítimas desses homens.
Infelizmente não é fácil detectar um misógino em nosso meio.
Fica o desafio para quem trabalha em Saúde Pùblica e zela pela saúde de todos.
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
A misoginia está entrando para o rol dos transtornos psis?
É uma medida que pode se tornar inócua do ponto de vista do combate às forças produtoras destes modos de subjetivação. Se naturalizarmos a questão, corremos o risco de não enxergar mais o plano de produção/agenciamento onde a coisa se dá. Pode acontecer o que assistimos hoje em relação aos supostos transtornos como o TDAH, dislexia, TOD, etc: virar doença a ser tratada com medicamentos.
O quê pensas sobre isso, Cristine?
grande beijo,
Iza