Este projeto conta com a construção de um personagem que passa pelos setores do hospital com uma mala de onde tira “coisas do coração”. Isso inclui frases de poetas, de escritores e educadores, ao som da música “what a wonderful world”. Ele veste-se de forma diferente, não fala e comunica-se através de gestos e de olhares. Tendo seu rosto pintado, somente alguns sabem quem ali está. Neste contexto distribui momentos, tempos de reconhecimento de um outro, este estranho que oferece e acaba por acolher: ternura.
Sendo a ternura um dos primeiros afetos do humano, exerce sobre todos o resgate de uma lembrança, a continuidade de um processo em que faz a diferença, naquilo que nos torna semelhantes.
Em seguida, “Ternura” passa a mala das coisas do coração para outra pessoa, que segue, num outro momento, com o projeto. Destes encontros resta um diário de “bordo” (estamos neste barco das pessoas!), destacando como o personagem sentiu-se, quem visitou e quais os principais destaques.
Vale lembrar que o projeto “Ternura” foi inspirado numa frase do poeta Lau Siqueira: “ Ternura é nossa maior coragem” e, neste contexto, o da vida, realmente isso faz valer todos os dias de existência!
