Evento: A medicalização da existência – 27 a 29 de abril de 2015 CCH UFMA
A MEDICALIZAÇÃO DA EXISTÊNCIA
PARTICIPE, INSCREVA-SE, DIVULGUE!
Chamada para submissão de trabalhos:
https://sites.google.com/site/vencdefenpsifenfildaexistencia/
24 de novembro de 2014 a 23 de fevereiro de 2015
Em sua 5a. edição o Encontro Ludovicense discutirá uma temática atual e intrigante e que reflete uma realidade plural e cada vez mais naturalizante: a medicalização da existência. O uso de medicamentos para "combater" ou aliviar o sofrimento, para anestesiar a consciência é cada vez maior, infelizmente. Associada a prescrição de medicamentos está também o uso de tecnologias para auxiliar nessa medicalização, os aplicativos para diagnóstico em tempo "real", chegamos ao ponto de trocar um contato presencial, face a face, olho no olho, corpo frente a outro corpo, para um olhar mediatizado pela tecnologia, pela tecnificação, pela judicialização e medicalização da vida. O próprio diagnóstico clínico feito pelo contato homem-homem passa, em alguns casos, por substituição e validação do olhar tecnicista. Soma-se a isso o apego de inúmeras áreas do conhecimento a tecnologização da vida e a sua posterior ou concomitante medicalização.
Em sua V versão o DSM também contribui para a categorização dos fenômenos sociais e humanos. Tal manual ampliou exacerbadamente o número de doenças que estão diretamente relacionadas aos fenômenos humanos e sociais. Retira-se o foco das evidências, da experiência, do contato, da intuição, do ver direto para dar lugar as classificações prontas que já explicam situações validadas "cientificamente". É o puro retorno a naturalização dos diagnósticos.
A indústria farmacêutica congrega um mercado cada vez mais crescente e que se utiliza de diferentes estratégias para sua própria expansão, dentre elas infelizmente, o uso de animais em testes, o que é lamentável.
Diante desse cenário o que podem as fenomenologias, as filosofias da existência e a psicologia fenomenológica oferecer para promover a ampliação da consciência e o (des) cobrimento dessa realidade.
Tendo como base o realismo fenomenológico as discussões serão aqui apresentadas na forma de comunicações orais, mesas redondas, minicursos e grupos de trabalho.
Esperamos contar coma participação de discentes, docentes e profissionais das ciências humanas, sociais, da saúde e tecnológicas que se sentem afetados por esta discussão.
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Chegou com tudo, heim?
Que belo evento este!
Seja muito bem-vindo à RHS!