No noroeste do estado do RS o dia 10/2/2015 foi de protesto
Divulgo na íntegra o material postado na página do facebook:
https://www.facebook.com/amigosdepejucara?fref=ts
Cerca de 300 pessoas estiveram participando na tarde desta terça-feira (dia 10/02), em frente ao Hospital de Caridade de Ijuí (HCI), de uma manifestação de protesto pela suspensão dos atendimentos pelo SUS. Os mais de 20 municípios representados no ato público, expressaram toda a sua contrariedade pela medida tomada pelo hospital, pois muitos pacientes estão deixando de ser atendidos pelo convênio do SUS e se sentem prejudicados por não ter a quem recorrer.
As manifestações foram coordenadas pelo presidente do Conselho Municipal de Ijuí Moacir Deves, oferecendo espaço para críticas e declarações de insatisfação de representantes das Secretarias Municipais de Saúde, conselheiros de saúde, sindicalistas, agentes políticos e populares. Uma representação de Pejuçara, organizada pelo gestor Erasmo Vicensi Daronco e e profissionais da Saúde, compareceu em Ijuí para apoiar a mobilização.
O impasse que levou o Hospital de Caridade de Ijuí a suspender os atendimentos eletivos pelo SUS na semana passada ainda não foi resolvido. A instituição hospitalar reclama o pagamento de uma dívida de R$ 8,9 milhões que ainda não recebeu do governo estadual por serviços prestados no ano de 2014 e revela uma situação preocupante em relação aos fornecedores que alcançou o teto de R$ 500 mil em material e medicamentos.
O diretor executivo do HCI João Luiz de Senna, ao receber a Comissão de Representantes dos manifestantes, declarou que a situação do HCI é temerária em consequência do desabastecimento e da dívida do Estado pelos serviços prestados. Ele afirmou que 85% da gestão financeira do HCI provêm do SUS e apenas 15% de receitas particulares, sendo uma relação importante e de sobrevivência da própria instituição.
DIRETORIA DECIDE PELA RETOMADA DO ATENDIMENTO
Por volta das 23h de ontem (terça-feira), a direção do HCI anunciou que estarão sendo retomados a partir desta quarta-feira, os atendimentos eletivos pelo SUS. Num primeiro momento será dada prioridade para as solicitações que estão represadas e, depois, para as que forem agendadas. Além da mobilização, reconhecida pelo HCI, também colaborou para a decisão o repasse de R$ 750 mil pelo governo estadual (confirmado ontem pela área financeira) e mais o compromisso do pagamento de mais R$ 2,5 milhões até o dia 19 de fevereiro, como parte do montante inadimplente.
Por Cláudia Matthes
ASSOCIADOS: REPASSEM A IMPRENSA LOCAL.
CORTES NA SAÚDE, O CAOS DEFINITIVAMENTE INSTALADO
O anúncio do corte de 30% dos recursos da Secretaria da Saúde do Estado, feito pelo Secretário João Gabbardo em reunião com a Diretoria da Federação das Santas Casas do Rio Grande do Sul, com redução de R$ 103 milhões/mês para R$ 70 milhões, definitivamente instala o caos na saúde pública gaúcha.
Como se não bastasse a dívida existente de R$ 255 milhões, referentes a serviços prestados em outubro e novembro de 2014, daqui pra frente a ordem da área econômica do governo é para que as Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, Prefeituras e outros prestadores, se organizem para trabalharem com 30% menos de recursos. Ora, se anteriormente já havia um déficit anual dos hospitais filantrópicos superior a R$ 400 milhões na prestação de serviços ao SUS, que vinham sendo amenizados com o co-financiamento Estadual, agora não tem milagre que se possa fazer a não ser reduzir leitos, demitir trabalhadores, rescindir contratos médicos, fechar agenda de atendimentos e, ao final, fechar hospitais. E os pacientes? Quem vai assisti-los? Quem responderá pelas mortes inevitáveis que acontecerão?
A população usuária do Sistema Único de Saúde (7 milhões de gaúchos), precisa urgentemente ser informada disso. Cabe ao Governo do Estado sincera e transparentemente assumir para si esta responsabilidade e não imputar aos prestadores de serviços o processo de desassistência já em andamento. Inclusive, é imprescindível que o Governo do Estado indique nas milhares de agendas assistenciais programadas sequencialmente quais os pacientes que deverão ser excluídos do acesso ao serviços.
Já suspenderam atendimentos e/ou estão na iminência de fazer, hospitais dos municípios de Ijuí, Sobradinho, Candelária, Triunfo, Uruguaiana, Passo Fundo, diversas instituições do Vale do Rio Pardo, bem como do Noroeste gaúcho, entre outras. No dia 27 de fevereiro está programada uma assembleia geral para debater definitivamente sobre suspensão geral dos atendimentos no Rio Grande do Sul.
Antes disso, ainda buscando evitar dano maior, as Santas Casas e os Hospitais Filantrópicos querem falar com o Governador Sartori e o Secretário Giovani Feltes. Vão cobrar coerência com o discurso de que a área da saúde não seria afetada pelos cortes governamentais. Pretendem também, oferecer a ambas as autoridades a primeira listagem de pacientes a serem excluídos do processo assistencial.
Federação das Santas Casas do RS
ASSOCIADOS: REPASSEM A IMPRENSA LOCAL.
CORTES NA SAÚDE, O CAOS DEFINITIVAMENTE INSTALADO
O anúncio do corte de 30% dos recursos da Secretaria da Saúde do Estado, feito pelo Secretário João Gabbardo em reunião com a Diretoria da Federação das Santas Casas do Rio Grande do Sul, com redução de R$ 103 milhões/mês para R$ 70 milhões, definitivamente instala o caos na saúde pública gaúcha.
Como se não bastasse a dívida existente de R$ 255 milhões, referentes a serviços prestados em outubro e novembro de 2014, daqui pra frente a ordem da área econômica do governo é para que as Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, Prefeituras e outros prestadores, se organizem para trabalharem com 30% menos de recursos. Ora, se anteriormente já havia um déficit anual dos hospitais filantrópicos superior a R$ 400 milhões na prestação de serviços ao SUS, que vinham sendo amenizados com o co-financiamento Estadual, agora não tem milagre que se possa fazer a não ser reduzir leitos, demitir trabalhadores, rescindir contratos médicos, fechar agenda de atendimentos e, ao final, fechar hospitais. E os pacientes? Quem vai assisti-los? Quem responderá pelas mortes inevitáveis que acontecerão?
A população usuária do Sistema Único de Saúde (7 milhões de gaúchos), precisa urgentemente ser informada disso. Cabe ao Governo do Estado sincera e transparentemente assumir para si esta responsabilidade e não imputar aos prestadores de serviços o processo de desassistência já em andamento. Inclusive, é imprescindível que o Governo do Estado indique nas milhares de agendas assistenciais programadas sequencialmente quais os pacientes que deverão ser excluídos do acesso ao serviços.
Já suspenderam atendimentos e/ou estão na iminência de fazer, hospitais dos municípios de Ijuí, Sobradinho, Candelária, Triunfo, Uruguaiana, Passo Fundo, diversas instituições do Vale do Rio Pardo, bem como do Noroeste gaúcho, entre outras. No dia 27 de fevereiro está programada uma assembleia geral para debater definitivamente sobre suspensão geral dos atendimentos no Rio Grande do Sul.
Antes disso, ainda buscando evitar dano maior, as Santas Casas e os Hospitais Filantrópicos querem falar com o Governador Sartori e o Secretário Giovani Feltes. Vão cobrar coerência com o discurso de que a área da saúde não seria afetada pelos cortes governamentais. Pretendem também, oferecer a ambas as autoridades a primeira listagem de pacientes a serem excluídos do processo assistencial.