Clinica Ampliada X Comodismo

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Georgia Amorim 12/04/2015

     Para quem conhece a dinâmica  do comodismo de: deixa como está….. é muito trabalhoso e caro mudar….as pessoas não estão preparadas e não querem tais mudanças…. Pode achar que esse embate é desigual e o vencedor unanime é o comodismo, já que a visão dominante de saúde é aquela que se faz a 4 paredes com um médico prescrevendo medicamentos e exames e os demais profissionais da área da saúde figurando e pouco contribuindo para o bem estar individual e coletivo.

     Ignorar o universo de complexidades que envolve o adoecer e fadar o paciente, os profissionais e o próprio ambiente de cura ao constante adoecimento já que apenas os sintomas são tratados.

     A clinica ampliada vem tentando desconstruir esta visão centrada na doença-remédios, valorizando a participação de os profissionais e usuários. Todas as contribuições de conhecimento sejam elas do usuário, técnicos, odontólogos e médicos são uteis quando o objetivo é o bem comum. O cuidar se torna menos nebuloso e mecânico, pois recebe o calor humano e quebra a resistência natural que temos a respeito de mudanças. 

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6 Comentários

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Por Emilia Alves de Sousa

Oi Georgia,

Muito interessante o debate trazido. Podemos abstrair aqui três relevantes questões nas suas reflexões: a primeira é que a clínica ampliada vai muito além do tratamento, ela passa também pela promoção de vida do doente. A segunda é a relação do profissional e doente centrada na autonomia e protagonismo do sujeito, e a terceira, a valorização da multi e interdisciplinaridade na abordagem terapêutica do doente. 

Valeu pela sua contribuição!

Abraços!

Emília

 

    Por Georgia Amorim

       Obrigada Emília!

    temos um longo caminho pela frente, porque o novo assusta intimida e a tecnologia ao alcance dos dedinhos, colabora para o afastamento das pessoas as relações humanas se tormam frias e virtuais. O momento do contato onde será gerado os alicerces de confiança entre paciente-profissional de saúde se perdem na incapacidade de olhar o outro, ouvir se colocar no lugar do outro.

      Acho que as políticas de humazição e as redes como a humanizasus vão conseguir desmanchar esses nos, mudar percepções e condutas….

     ABRASUS!

Por Gilvan Faustino

Olá Georgia
Seu post mostrou uma boa dose de inquietude e enxergo este movimento de inquietar-se como força motivadora de mudanças. Conformar-se cristaliza as coisas perenizando os modelos já consolidados o que não significa afirmar que um dado padrão consolidado seja necessariamente ruim. Todavia os argumentos por você apresentados fazem crítica aos padrões que precisam ser reformulados reforçando em mim a compreensão de que o conformismo limita a capacidade que o trabalho multiprofissional – contando com o protagonismo efetivo de seus múltiplos atores – tem de produzir resultados potentes.
Inquietar-se para transformar.
Georgia continue nessa força!
Abraço. Gilvan

 

    Por Georgia Amorim

      Obrigada!

     Espero que a inquietude seja a força motivadora para construirmos uma rede de atenção justa e humana, que possamos motivar a contribuição ativa e criativa dos  profissionais e usuários, sem descartar os modelos existentes e que dão certo.

    Abrasus

Por psijeo

Importante sua provocação Geórgia,

Trouxe-me a lembrança do comentário que certo amigo me fez uma vez, sobre como os atores, em seus diversos espaços, acabam se "viciando na inoperância" do sistema, na maioria das vezes se esquecendo de fazem parte do mesmo…

Aí você a palavra "comodismo"… Pensei Putz!! Onde estará tal comodismo? Na ortodoxia da clínica individual? Na autoridade do diploma? No corporativismo de que a Clínica é Ampliada até o ponto em que não mexe com minhas competências?

 

Saudações inquietantes!

    Por Georgia Amorim

      Já trabalhei na atenção básica, e confesso que fui vencida pelo comodismo…..não porque era mais fácil só cumprir horário, mas porque havia tantas barreiras tantos obstáculos, como diz o ditado popular muito cacíque pra pouco índio.

      Fiquei decepcionada com que vi, mas não desisti com curso de gestão em saúde coletiva está me mostrando ferramentas e caminhos para tentar de novo lutar contra o comodismo.

    ABRASUS