Política, jogo de interesse e gestão
No semestre passado tive contato com o Método Bambu, que visa a construção de municípios/localidades saudáveis, e que até então estava implantado na cidade de Sobradinho II – DF. Este método se utiliza de meios de promoção da saúde, de uma metodologia afirmativa e empoderamento da população e também a participação social. Metodologia que ao meu ver é bastante válida devido a eficiência de suas propostas e facilidade de implantação. No entanto, em uma entrevista um trabalhador envolvido relatou que possivelmente o método seria abandonado caso o governo do DF (que milagrosamente fez algo decente) trocasse de mãos. Ainda no mesmo semestre e na mesma disciplina, ouvi outro relato de que quando houve a troca do governo de um município próximo ao DF a gestão do governo recém eleito não encontrou nenhum documento ou dado na Secretaria de Saúde, pois a antiga gestão tinha sumido com todos os registros, e portanto era quase impossível avaliar e dar continuidade nas ações em saúde de lá.
Relatei dois fatos que com certeza se repetem por todo o Brasil.
Esses fatos me fizeram questionar se seria possível tornar as formas de organização das práticas de saúde menos dependente dos interesses e vontades políticas e passasse a ser uma situação “imposta” visando somente a melhora do quadro de saúde da população. Porque se toda vez que os governos mudarem de mãos acontecer essa situação de não dar continuidade a um projeto favorável ao bem-estar da sociedade não conseguiremos ter o SUS que queremos tão cedo. Ao meu ver esses fatores favorecem apenas o modelo hospitalocêntrico e principalmente a saúde suplementar que irá lucrar muito.á lucrar muito.
E vocês usuários da RHS, o que acham do assunto?