A institucionalização do parto e seu impacto nas Redes de Atenção

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        Falar sobre atenção ao parto no Brasil de hoje é sempre uma discussão polêmica e alarmista. O parto, que é (ou deveria ser) algo normal e natural para uma mulher está se tornando cada vez mais institucionalizado. As transformações sociais e tecnológicas contemporâneas culminaram em importantes mudanças no modelo de atenção ao parto no Brasil. O nascimento que, até então acontecia em casa, de maneira natural, com o acompanhamento de familiares, parteiras e posteriormente médicos, passa a receber um sentido de “doença”, transformando a gestante em paciente e fazendo com que o parto tenha de ocorrer necessariamente em ambiente hospitalar, sendo que, fisiologicamente, a maioria esmagadora de gestações e partos não necessitam de intervenções hospitalares.
        Essa mudança de cenário culmina na desorganização da atenção à saúde. O Brasil ainda conta com uma rede de atenção à saúde fragmentada e desarticulada, onde a peregrinação de gestantes em busca de vaga hospitalar na hora do parto e a descontinuidade do cuidado entre o pré-natal e o parto são cenas comuns.

          O que fazer para mudar essa realidade (que já desatolaria os leitos hospitalares, que grande parte são ocupados por gestantes) e por fim, impulsionar o parto humanizado? Trabalhar na educação continuada dos profissionais da saúde? Enfocar no empoderamento das futuras mamães? continuada dos profissionais da saúde? Enfocar no empoderamento das futuras mamães?                                                                             Como mudar essa cultura hospitalocêntrica já tão enraizada na sociedade contemporânea?