Tecnologia Em Saúde- Prontuário Eletrônico
O avanço tecnológico trouxe modificações na área da saúde, oferecendo cada vez mais opções nos processos de trabalho, principalmente utilizando a ferramenta Internet. Essa modificação ocorre desde o nível micro (instituições de saúde) ao macro (governamental).
Se tratando das instituições de saúde, umas das modificações perceptíveis é a mudança do prontuário de papel para o prontuário eletrônico do paciente (PEP). O desenvolvimento de prontuários em sistemas de processamento digital, possibilita agregar muito mais informações sobre aquele paciente, facilitando o atendimento ao próximo profissional de saúde que terá acesso a todo histórico de saúde daquele cliente, possibilita que mais de um profissional possa consultar o prontuário ao mesmo tempo, evita a ilegibilidade e não necessita de um lugar extremamente grande para sua guarda( os prontuários de papel precisam de um lugar específico, pois devem permanecer nas instituições de saúde por no mínimo 20 anos).
Devido aos avanços e disponibilidade das soluções tecnológicas de processamento de dados está ocorrendo uma mudança na forma em que são criadas, mantidas, e recuperadas as informações de saúde. Existem grupos de pesquisadores dedicados à exploração de três temas centrais relativos ao prontuário eletrônico de saúde: arquitetura, conteúdo, e desenvolvimento de software aberto. Esses estudos ganharam impulso graças ao interesse do Ministério da Saúde em estabelecer à nível nacional um sistema padronizado de coleta e processamento de dados.
A implantação do PEP é um processo relativamente simples, mas que vem encontrando muita resistência por parte dos profissionais de saúde. A falta de habilidade e a resistência a mudanças são os principais impeditivos na aderência ao PEP. É preciso uma educação continuada com os profissionais, para que esses possam tirar suas dúvidas, aprender a manusear a tecnologia e explora-la da melhor forma.
Referência: Santos SR, Paula AFA, Lima JP. O enfermeiro e sua percepção sobre o sistema manual de registro no prontuário. Rev Latinoam. Enfermagem, 2003.
Por deboraligieri
Olá, Laissa.
Seja muito bem-vinda à Rede HumanizaSUS!
Além de todas as vantagens que você listou em relação ao prontuário eletrônico, vejo mais uma que considero essencial ao desenvolvimento de políticas públicas de saúde: a possibilidade maior de coletar dados estatísticos, extremamente úteis à adoção de medidas preventivas de saúde. Eu milito no campo de diabetes, e uma das grandes dificuldades que médicos relatam é justamente a falta da anotação da condição da pessoa enquanto diabética em certidões de óbito. Esse é um dado que, caso não fosse omitido e estivesse acessível através de um prontuário eletrônico, poderia apoiar a mudança de terapêutica oferecida pelo SUS, por exemplo. Mas como você bem observou, não basta "jogar" o prontuário sobre o trabalhador da saúde e esperar que ele aprenda a trabalhar com ele sozinho, é necessário que se dê apoio e capacitação ao trablhador da saúde, inclsuive para que os dados sejam anotados corretamente, e sejam fidedignos à realidade. Debate pra lá de bacana!
Abraços,
Débora