Tele saúde

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Segundo o Conselho Federal de Medicina o Telessaúde é o uso das modernas tecnologias da informação e comunicação para atividades à distância relacionadas à saúde em seus diversos níveis (primário, se­cundário e terciário). Possibilita a interação entre profissionais de saúde ou entre estes e seus pacientes1, bem como o acesso remoto a recursos de apoio diagnós­ticos ou até mesmo terapêuticos (através da robótica).

Os termos mais utilizados em telessaúde sempre vêm acompanhados do prefixo "tele", que significa em grego "a distância" ou "ao longe".  A telemática é a junção do prefixo "tele" (comunicação), com o sufixo "mática" (derivado da informática), sendo ela então definida como a disciplina que estuda a manipulação e utilização da informação pelo uso combinado de computador, seus acessórios e meios de comunicação.
  Norris considera que a telemática envolve qualquer meio de comunicação a distância, definiu  a telessaúde como o "uso das tecnologias de informação e comunicação para transferir informações de dados e serviços clínicos, administrativos e educacionais em saúde.
A Telemedicina ou Telessaúde, mais do que um recurso tecnológico para proporcionar a realização de atividades a distância, adquire efetividade quando está associada a planos estratégicos que incluam um processo de logística de distribuição de serviços de saúde. Sua vinculação com estratégias é devido à necessidade de a Telemedicina estar inserida dentro de um plano global de ação, considerando-se fatores como tempo (momento) e espaço (local geográfico). Isso significa que a Telemedicina deve estar contextualizada em relação ao momento temporal e às características da localidade onde será implantada, para que seja possível definir os tipos de atividade a serem realizadas. Inserir a Telemedicina numa estratégia significa colocá-la numa posição exclusiva e valiosa

Os processos de educação permanente, para a qualificação profissional ou mesmo na graduação de profissionais de saúde, por meio de teleducação(tele-education), videoconferências e teleconferências também têm favorecido amplamente a assistência à saúde prestada nos setores público e privado.
Discussões de casos clínicos podem ser disponibilizadas sem que os profissionais se desloquem e se ausentem de seus locais de trabalho. Neste caso, as tecnologias mais utilizadas são: aparelhos para vídeo e teleconferência, rádio, circuito interno de TV, programas de televisão via satélite, computadores, inter e intranet. As áreas rurais e remotas são as principais a serem beneficiadas, pois a teleducação propicia o acesso às novas informações, oportunidades de treinamento e troca de experiência profissional ao envolver especialistas e profissionais da área acadêmica.   Outro aspecto importante é que o potencial de aprendizagem se dará de acordo com os interesses individuais e sociais do aluno, de forma mais acentu­ada que na educação presencial (GRUPO DE PESQUISA…, 2008).  No cenário de Telessaúde, o processo de solicitação e resposta de teleconsultorias, a publi­cação de Segunda Opinião Formativa, webpalestras, cursos à distância, dispo­nibilização de objetos de aprendizagem dinâmicos, entre outras atividades, são tipos de tele-educação.
Deste modo, a conceituação e as derivações dos termos em e-saúde a cada dia vem sofrendo alterações, introduzindo novidades em relação ao seu uso e à sua abrangência. O prefixo "tele" vem sendo somado aos temas abordados, como, por exemplo, telemedicina, telerradiologia, teleodontologia, teledermatologia e tantos outros.

Referencial

Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Telessaúde para Atenção Básica / Atenção Primária à Saúde / Ministério da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012.

ASPECTOS CONCEITUAIS EM TELESSAÚDE – Maria do Carmo Barros de Melo e Eliane Maria de Sena Silva

WEN,Chao Lung  Telemedicina e Telessaúde – Um panorama no Brasil.
Informática Pública ano 10 (2): 07-15, 2008