Apoio Institucional para a qualificação da gestão em saúde

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  Um dos maiores desafios no Sistema Único de Saúde (SUS) tem sido inovar as práticas de gestão.A transformação dos modos tradicionais de gerir pessoas, processos de trabalho, recursos e políticas públicas de saúde tem sido foco de trabalho e estudo em diversos contextos do país. Dentre as iniciativas e inovações experimentadas, estão em destaque os arranjos de Apoio Institucional.
  Segundo Campos (2007), o Apoio é pensado como uma função gerencial que, a partir do princípio da cogestão, visa reformular o modo tradicional de fazer coordenação, planejamento, supervisão e avaliação em saúde. A cogestão como base do Apoio Institucional pressupõe um modo de agir mais diálogado por parte da organização que intenta projetos de mudança e busca-se construir relações e ações que valorizem o princípio da autonomia dos sujeitos e dos coletivos sobre suas próprias realidades e problemas.
  Costuma-se denominar “Apoio Institucional” as estratégias que se dão entre organizações, a exemplo da relação que acontece entre os entes federados do SUS – Município, Estado e União.
  Por meio do movimento constante de aproximação e diálogo entre gestores, trabalhadores das equipes de saúde e usuários,o Apoio Institucional configura-se como um arranjo que possibilita melhor organização das práticas e maior apropriação dos trabalhadores em relação ao seu fazer cotidiano. Com a finalidade de fortalecer os sujeitos e os coletivos implicados na construção de processos de cogestão e democratização das relações de poder, os arranjos de Apoio contribuem na perspectiva de transformar os modelos de gestão hierarquizados em modelos mais horizontalizados. 

 

Referência
Experiências de Apoio Institucional no SUS: da teoria à prática;Coleção Micropolítica do Trabalho e o Cuidado em saúde ; Organizadora :  Letícia de Moraes Falleiro ;1ª. EDIÇÃO ,Porto Alegre, 2014 .