Nuances da Gestão do Cuidado

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 Quem nunca chegou à uma unidade básica de saúde, ou como comumente chamamos, postinho, e a agenda de consultas estava cheia? Sem possibilidades de um futuro e remoto encaixe? Que na hora do almoço para quem trabalha em horário comercial, o mesmo está fechado? Quem nunca? 

São situações que acontecem corriqueiramente e que a gestão do cuidado e da atenção unidas ao acolhimento podem resolver os problemas de saúde do usuário adaptando os serviços às necessidades dos mesmo, e não o contrário. Isso faz parte do plano da micropolítica cotidiana dos serviços, que precisa de mais visibilidade. Ou seja, porque uma UBS não funciona no horário de almoço, fechando às 11h? Porque  não expandir o horário até as 22h para os usuários que trabalham durante todo o dia, em especial os homens, que já têm certa dificuldade de procurar pelos serviços de saúde, comparado às mulheres? Porque não funcionar nos finais de semana? 

Aqui no Distrito Federal, está cheio de casos assim, mas que podem, com toda certeza, serem melhorados a partir de uma gestão concreta que atenda às expectativas do usuário do SUS. 

Segundo Starfield (2002), um dos elementos essenciais na acessibilidade é a atenção no primeiro contato na Atenção Básica, composta pelos seguintes elementos: 1. horário de disponibilidade. 2. acessibilidade ao transporte público. 3. oferta de atenção sem exigências. 4. instalações para portadores de deficiências. 5. providências para horários tardios. 6. facilidade da marcação de consulta e do tempo de espera pela mesma e 7. ausência de barreiras linguísticas e outras barreiras culturais. 

 

Se alguém, em outro estado brasileiro tenha alguma experiência positiva, pode-nos contar? 

 

Abraços

 

Referência: Starfield, B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia.Brasília: Unesco; Ministério da Saúde, 2002. 726 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_primaria_p1.pdf