As novas formas de produzir o cuidado propostas pelo acolhimento coletivo, em muito podem contribuir para as relações de vínculo entre trabalhadores e usuários e para os resultados terapêuticos. Os espaços de encontro facilitam a quebra de barreiras, a identificação das necessidades de saúde segundo suas singularidades e a garantia do acesso.
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Trabalho com acolhimento coletivo há muitos anos na secção técnica de Psiquiatria e Psicologia da Infância e Adolescência do Hospital do Servidor Público Municipal. Reunimos em roda pais e filhos desde a primeira procura do serviço. Trazemos a consigna de poderem escolher falar em um lugar mais "protegido", se necessitarem. Mas os convidamos para estar no grupo até o final e sempre acontece de poderem se abrir após ouvirem os outros. Raríssimas pessoas não conseguem compartilhar as suas questões, tal a intensidade de acolhimento e afetos envolvidos neste encontro.
Gosto demais deste trabalho e deste modo de fazer potente e potencializador do comum em nós.