Avanço inédito para tratamento de próstata é apresentado em Brasília
Avanço inédito para tratamento de próstata é
apresentado em Brasília
Terceira geração de cirurgia a laser para a doença mais comum da próstata –hiperplasia prostática – permite que o aumento epitelial seja retirado em menos tempo, com mais precisão e sem limite de tamanho da glândula. Mal já atinge 80% dos homens acima dos 50 no mundo, segundo OMS
O Hospital Santa Lúcia recebeu o urologista americano Gregg Eure, professor assistente da Eastern Virginia Medical School, para uma apresentação inédita em Brasília de tratamento contra a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) – a doença mais comum da próstata e que atinge cerca de 15 milhões de brasileiros, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). O procedimento contou com a participação de médicos urologistas do Grupo Santa e demais profissionais de saúde da capital federal.
O especialista americano veio ao país para treinar médicos no uso da nova tecnologia que promete vaporizar próstatas com hiperplasia benigna, por meio de laser, em um procedimento minimamente invasivo e sem cortes. Trata-se da terceira geração do equipamento conhecido como Green Light® XPS, que permite que a cirurgia seja realizada em menos tempo, com mais precisão, e em próstatas acima de 100g – até então, o limite de tamanho para cirurgia a laser.
A hiperplasia benigna provoca o aumento da glândula da próstata, comprimindo a bexiga e obstruindo parcial ou totalmente a uretra, prejudicando o fluxo normal da urina. É uma doença silenciosa que tem alto impacto na qualidade de vida, podendo provocar infecção urinária e até obstrução total da uretra.
Segundo Gregg, o aumento da expectativa de vida tem levado a maior prevalência da HPB no mundo, uma vez que 90% dos homens acima de 90 anos sofre com a condição – e apenas uma pequena parcela da população afetada procura tratamento médico. Entre os principais sintomas, estão o aumento de idas ao banheiro, diminuição da pressão do jato de urina, dificuldade ou dor ao urinar e a sensação de que a bexiga não se esvazia.
Para ele, a falta de tratamento pode causar danos à bexiga levando a infecções urinárias, além da diminuição da qualidade de vida. “Os problemas miccionais interrompem as atividades diárias, como a necessidade frequente de urinar em intervalos curtos, além da sensação de urgência para urinar e, no estágio mais avançado da doença, diminui a libido e piora o desempenho sexual”, explica.
O urologista do Hospital Santa Lúcia, Dr. Frederico Messias, explica que o novo equipamento traz mais segurança e melhores resultados aos pacientes. “As vantagens são diversas, menor sangramento com mínima chance de transfusão sanguínea, menor risco de intoxicação hídrica, menor tempo de sondagem vesical no pós-operatório, recuperação mais rápida do paciente e menos chances de estenose de uretra”, destaca o especialista lembrando ainda que o aparelho permite uma coagulação mais eficiente, pois usa luz pulsátil para cauterizar a ruptura dos vasos, diminuindo o sangramento.
Com o método tradicional – ressecção transuretral – Frederico ressalta que o procedimento causava maior sangramento, além de maiores chances de intoxicação hídrica e insuficiência renal aguda, fora outras complicações. Para pacientes cardíacos, por exemplo, o tratamento com o laser é considerado um avanço, pois com o método tradicional, estes precisavam utilizar drogas anticoagulantes e não tinham alternativas de cirurgia para a HPB.
Segundo o especialista americano, Gregg Eure, em outros países, a cirurgia a laser é o principal tratamento aplicado para casos de HPB. “Ao analisarmos dados mundiais de tratamento para hiperplasia, são realizadas mais cirurgias a laser do que pelo método tradicional, portanto, o Brasil deve seguir essa tendência ampliando suas possibilidades de tratamento”, pondera o médico.
De acordo com o diretor técnico do Hospital Santa Lúcia, Dr. Raul Sturari, a novidade que agora chega ao Hospital Santa Lúcia, em Brasília, irá agregar e muito no tratamento e cura dos pacientes que sofrem com a doença. “O Hospital Santa Lúcia sempre esteve na vanguarda dos tratamentos médicos no país, e nossos pacientes terão à disposição um equipamento de altíssima tecnologia para a realização de cirurgias de próstata com muito mais rapidez, segurança e conforto”, ressalta.
A apresentação do urologista americano aos profissionais médicos do Hospital Santa Lúcia foi organizada pela American Medical Systems (AMS), na manhã da última sexta-feira (24). Durante o evento, foi apresentado um simulador de cirurgia para o treinamento dos profissionais e a realização experimental de algumas cirurgias com o novo equipamento, que agora estará disponível na unidade médica de Brasília.
Por Emilia Alves de Sousa
Que boa notícia você nos traz Rafael.
O meu pai e um irmão possuem problema de próstata e foram submetidos a cirurgia pelo método tradicional, um método muito invasivo. Os dois preferiram assim porque acharam mais confiável, entretanto passaram momentos difíceis no tratamento.
O avanço da cirurgia a laser, certamente, dará mais confiança aos portadores da doença.
Uma curiosidade, o Hospital Santa Lúcia de Brasília é da rede SUS?
Emília