3ª Conferência Municipal de Saúde, Etapa Municipal da XV Conferência Nacional de Saúde – Cruz das Almas/Bahia.
Com o intuito de promover a cidadania e a democracia acerca da saúde no município, a Prefeitura Municipal realizou, no dia 10 de Julho na Biblioteca Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do Conselho Municipal de Saúde (CMS), a 3ª Conferência Municipal de Saúde, Etapa Municipal da XV Conferência Nacional de Saúde no município de Cruz das Almas – Bahia, onde especialistas da área e a comunidade discutiram sobre a gestão do serviço no município, debatendo propostas para melhorar as políticas públicas do setor.
A conferência foi convocada pelo prefeito e médico Dr. Jean Silva, que julga importante a participação do município nas Conferências Estadual e Nacional, no intuito de buscar soluções efetivas para a saúde pública e para que se esclareça sobre as limitações no serviço prestado no município, já que este depende também dessas esferas governamentais para que se ofereça um serviço de saúde ainda melhor e para que as reivindicações da população possam ser discutidas, analisadas e levadas a todas as instâncias, fortalecendo a cidadania e buscando melhor qualidade de vida para a população.
Apesar do sucesso da conferência, segundo a presidente do CMS, Mária Regina Oliveira, “nos momentos em que se busca ouvir a sociedade, tanto por convocações para as reuniões do Conselho quanto para esta conferência, realizada com prévia e ampla divulgação, houve expressiva omissão por parte da sociedade civil. Mesmo a saúde sendo um problema de âmbito nacional é no município que se começa a construir. É lamentável que muitos se desgastem apenas em fazer criticas, mas não se doam em prol da melhoria do sistema” desabafou a presidente.
O evento, que teve início às 7h com credenciamento e café da manhã, prosseguiu com a composição da Mesa de Abertura, composta pelo prefeito, Dr. Jean; a Secretária de Saúde, Cecília Maria; o vice-prefeito, Ednaldo Ribeiro; Orlando Lago, representante da SESAB/BA; Janelara, diretora da Faculdade Maria Milza – FAMAM; Maria Luiza, cliente do SUS; Adriano Marques, Promotor de Justiça e Mária Regina Oliveira, presidente do CMS. Estiveram presentes também no evento assessores e secretários municipais, representantes da Polícia Militar e Tiro de Guerra, usuários e trabalhadores da Saúde.
Após a leitura e aprovação do Regimento Interno da Conferência Municipal, a palestra magna ficou por conta de Orlando Lago, quando na oportunidade fez uso da palavra com o tema "Saúde Pública de Qualidade Para Cuidar Bem das Pessoas: Direito do Povo Brasileiro", em seguida teve início o ciclo de palestras na abordagem de quatro eixos temáticos: Valorização do Trabalho e da Educação em Saúde; Participação Social; Gestão do SUS e Modelos de Atenção à Saúde; e Financiamento do SUS e Relação Público-Privado; ministrados pelos palestrantes: Juçara Lopes, Flávia Priscilla Araújo, Joseane Bonfim e Raul Molina, respectivamente.
Após cada palestra foi aberto debate com perguntas e respostas e – após o almoço oferecido aos mais de 300 participantes credenciados, convidados e comissão – os grupos de trabalho se reuniram para discussão por eixos temáticos e elaboração das diretrizes e propostas que, após o intervalo para lanche, foram apresentadas na plenária final e votadas para relatório final.
O evento foi encerrado após as 21h com a eleição dos delegados que irão participar da 9ª CONFERES. Os eleitos foram: Dr.ª Adriana Vidal, representando os trabalhadores da Saúde; Enfº. Jean Machado, representando a Gestão; Maria Luiza das Neves – Ilê Axé Ogun Bara Lonã e Carmem Maria Oliveira – Associação das Mulheres Amigas de Cruz das Almas/BA, representando a Sociedade Civil.
Por deboraligieri
Cara Maroca.
A Presidente do Conselho Municipal de Saúde de Cruz das Almas tem razão, a população precisa se apropriar da saúde pública e defendê-la enquanto direito de todxs. Em abril acompanhei aqui em São Paulo a manifestação contra a privatização da saúde, que contou com pouco mais de 200 pessoas. Muitxs reclamam dos problemas que de fato existem no SUS, mas os que reclamam muitas vezes são os mesmos que nada fazem para torná-lo melhor.
Quanto aos problemas enfrentados pelos municípios em relação ao financiamento, recomendo a leitura de um post sobre o subfinanciamento do SUS e o documento anexado ao final. Numa certa parte deste post se menciona que:
"Os municípios brasileiros colocaram em 2014 em média 23% dos recursos na área da saúde, quando sua obrigação constitucional é de 15%”.
Segundo Casquel, há hoje uma dificuldade de manter o que está estabelecido. “A situação é de desativação de serviços, porque os recursos estão estabilizados para um quadro em que demanda aumenta. Grande parte do esforço adicional que foi feito na área da saúde, além das obrigações constitucionais, foi realizado pelos municípios”.
Segue o link: https://redehumanizasus.net/91680-conselho-aprova-documento-firmado-na-abrascao-sobre-financiamento-do-sus
Abraços,
Débora