HUMANIZAÇÃO E REDES DE SAÚDE: TUDO A VER!
Aconteceu hoje no RJ este feliz evento promovido pela Assessoria de Humanização do INTO. Prova viva que a CTH dos Hospitais do RJ, embora um tanto relegada a segundo plano, continua dando seus frutos. Nascido através do dispositivo GTH, nos primórdios da CTH/RJ, este grupo soube difundir-se por todo o Instituto e transformar-se em uma Assessoria, respeitada como área técnica prioritária, entre outras, pela gestão e pelos trabalhadores do INTO.
Com o provocante título, para quem ainda acha que a Humanização é só promover festinhas legais e eventos divertidos, esta Assessoria convida a SES e SMS para esta pertinente discussão que, aliás, vem sendo divulgada na RHS como a prioridade atual do MS: formação de redes e regionalização.
Foram momentos ricos de apresentação e de debates, inclusive com a formulação bastante séria do que a PNH entende ou entendia por humanização, com apresentação dos dispositivos de acolhimento, da clínica ampliada e da valorização do trabalhador como carros-chefe da formação de redes, abrindo a discussão sobre regulação e seus ainda desafios para o INTO, a SES e a SMS.
Uma galera militante e batalhadora, todos os palestrantes, realmente interessados na melhoria e aquecimento da Rede SUS, com um Núcleo Interno de Regulação (NIR) antenado e disposto a resolver os impasses encontrados pelo INTO e que, longe de ficar na espera, vai ao encontro de soluções possíveis.
Debate primoroso que mostra como a regulação, embora ativa, muitas vezes derrapa na complexidade dos serviços de saúde através das necessidades singulares dos usuários, deixando entrever aquilo que quem pesquisa e trabalha na saúde sabe bem: a impossibilidade de qualquer generalização, por mais bem intencionada que seja, de dar conta, sem ouvir realmente os serviços, de toda a riqueza de atenção que o cuidado, quando bem feito, exige.
Parabéns ao INTO, à SES, à SMS, aos incansáveis apoiadores da humanização do Rio de Janeiro que compareceram e a todos os trabalhadores presentes. No debate houve apresentação de desafios que, longe de serem exclusivos de um Instituto Nacional, até por ser Nacional, me pareceram bastantes próprios a todos os outros Institutos e Instituições Federais de referência Nacional.
Esperemos que estas contribuições possam de alguma forma chegar ao MS pois, estranhamente, embora fosse um debate com foco naquilo considerado como prioritário, nenhum apoiador do MS estava presente. Ainda mais estranho porque, promovido por uma Instituição Federal, atrai outras instituições federais, Estado e Município, dispostos à conversa, mas não pareceu conseguir atrair a própria esfera do Apoio Federal.