Crise econômica e contrarreforma dos sistemas universais de saúde: o caso espanhol
A crise econômica não é isolada e as políticas de austeridade tem uma semelhança incrível em todos os países regidos pela lógica neoliberal [1].
No Brasil, estamos vendo um retrocesso das políticas de seguridade social, tal como a saúde, como o principal mote para conter a crise. Se há alguns anos acreditávamos que o máximo que poderia acontecer era uma terceirização generalizada dos serviços de saúde, hoje nos encontramos num cenário onde o fim do SUS se torna próximo e possível.
Diante disso, é necessário olharmos para além de nossas fronteiras geográficas e verificar o que tem acontecido em outros países que, recentemente, passaram por graves crises.
Neste comunicado [2] de Paulo Fortes, Regina Carvalho e Marilia Louvison, publicado no começo deste ano na Revista de Saúde Pública, podemos ver o que tem acontecido com o sistema de saúde espanhol, o qual tinha diversas semelhanças com a organização do sistema brasileiro, e que hoje se encontra num retrocesso de 30 anos.
Importante para nos armarmos contra tais ataques em nosso país, sem surpresas de última hora, já que, como disse no começo, as políticas de austeridade são semelhantes entre os países alinhados com o neoliberalismo. Como também nos inspirarmos na resistência da população, tal como a Marea Branca [3,4,5], contra o fim de benefícios indispensáveis para o estabelecimento da democracia
1. Para entender um pouco disso, recomendo a volta aos clássicos do marxismo, tal como A Revolução Permanente, de Leon Trotsky, disponível em https://gekairos.files.wordpress.com/2012/09/a-revoluc3a7c3a3o-permanente-leon-trotsky-editora-kairc3b3s-1.pdf
2.https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/101901
3.https://defensasanidade.wordpress.com
4.https://www.youtube.com/watch?v=FP0NQbs3ets&spfreload=10
5.https://outraspalavras.net/posts/espanha-novas-micro-utopias-dos-indignados/