DIALOGANDO SAÚDE COM A JUVENTUDE NEGRA
Na manhã de sábado (08/11), no auditório da Setra, aconteceu a aula-oficina "Dialogando saúde com a juventude negra", sob a facilitação de Dorinha Lima (Coplan), Elias José, Edson Oliveira e Thyago Porto (Cogtes/Cirandas da Vida), células da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza. A Oficina "Dialogando saúde com a juventude negra" trabalhou com os participantes os "Fatores de Riscos e Fatores de Promoção a saúde juvenil", com metodologia ativa e fundamentada na educação popular em saúde.
Os jovens, em processo de diálogo foram identificando e conhecendo a rede de saúde do território, ao mesmo tempo em que lançaram olhares sobre a rede. Por meio de uma vivência participativa, nominada de "Negritude, Sociedade e Amorosidade", os participantes foram agrupados em três grupos, após a reflexão coletiva vivenciada. Cada grupo, com base na pergunta geradora construiu sua síntese para ser compartilhada na plenária.
As perguntas foram as seguintes: Grupo 1 – Construção dos fatores de riscos Grupo 2 – Construção dos fatores de promoção a saúde Grupo 3 – O que me distancia dos serviços e equipamentos de saúde? De que forma posso contribuir para a promoção da saúde juvenil em meu território? Na sequencia, cada grupo apresentou o resultado coletivo. Identificados os fatores de promoção a saúde, os jovens foram convidados a se dividirem em subgrupos, onde lançaram olhares sobre a rede dos equipamentos de saúde existentes no seu território; cada grupo explorou o mapa regional, e em seguida cada grupo visitou a produção do outro e acrescentou os seus conhecimentos sobre os equipamentos visitados. A esta visita compartilhada na própria sala, foi dada o nome de "Feira do soma mais". Houve ainda exposição dialogada – "Funcionamento das Redes de Atenção à Saúde" e na grande roda onde cada participante discorreu sobre o que foi mais significativo e novo, para um aprofundamento do seu olhar sobre a saúde.
Desta forma, o processo buscou dar conta de três possibilidades que foram ao encontro dos objetivos e competências de aprendizagem: a construção coletiva do mapa dos fatores de riscos, fatores de promoção a saúde e identificação de lacunas assistenciais no tocante à saúde; Identificando e conhecendo a rede de saúde do meu território (apropriação dos mapas) acrescido da “Feira do Soma Mais “; Exposição dialogada – Funcionamento das Redes de Atenção à Saúde. A dinamicidade e a pedagogia vivencial marcou a manhã de trabalho, como fator de apropriação dos conteúdos por parte dos participantes.
O coordenador de Promoção da Igualdade Racial, Cristiano Pereira, explica que “o Projeto Juventude Negra Viva traz uma discussão transversal e intersetorial para redução da violência nos bairros onde acontecem maior número de casos de violações de direitos contra jovens negros. Com discussão ampla durante as oficinas, queremos que a juventude garanta seus direitos, também no tocante à saúde".
Saiba mais:
Com a implementação do Projeto Juventude Negra Viva em Fortaleza, a Prefeitura contribui para formação crítica e atuante do jovem negro em situação de violência simbólica e social. Durante a execução das atividades, serão articuladas ações afirmativas em todas as Regionais. Quatro eixos contemplam as ações, são eles: mapeamento organizacional de 68 entidades públicas e da sociedade civil, cursos e oficinas nas escolas municipais e implementação dos Núcleos de Enfrentamento à Violência contra a Juventude Negra em equipamentos do município.
O projeto por ação conjunta da Coordenadoria da Juventude; Rede Cuca; Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Setra); Coordenadoria Municipal de Políticas sobre Drogas (CPDrogas); Secretaria Municipal de Educação (SME); Secretaria Municipal de Saúde (SMS); e o apoio da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus), Secretaria Especial de Políticas sobre Drogas (SPD) e Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS).
Por Emilia Alves de Sousa
Discutir as ações de saúde com a juventude negra é uma forma de ampliar a consciência para o exercício da cidadania, aumentar a qualidade de vida, e reduzir as taxas de violência/morte entre essa população, cujos números são assustadores. E ninguém melhor do que os próprios jovens para pensarem o que é necessário pra eles. Envolvê-los na construção das políticas publicas de saúde, sem dúvida, estabelece um maior compromisso de participação e corresponsabilidade nesse processo.
Compartilho aqui a publicação do Icict que fomenta a colaboração das pessoas, na formulação de propostas para apresentação na 15ª CNS.
https://redehumanizasus.net/93063-icict-recebe-propostas-sobre-comuni…
Abraços!
Emília