Cogestão da Saúde Pública
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Os tempos de ditadura já se extinguiram no Brasil, porém os vestígios de seus pensamentos ainda podem ser vistos em alguns gestores que ainda insistem em tomar a decisão de forma arbitrária.
A Politica Nacional de Humanização (PNH) visa aumentar o leque de opiniões na hora da tomada de decisão, afinal, quem melhor para mostrar os pontos de melhoria do programa do que os usuários finais, a população? Quem melhor para propor melhorias de processo do que os servidores que estão na linha de frente?
Um estreitamento do laço entre os usuários, servidores e gestores, motiva a todos querem sempre melhorar o processo no qual estão inseridos. Isso nada mais é do que a democratização do sistema de saúde.
Por MARCOS SILVA
Nessa direção, o conceito de cogestão é forjado por Campos (2000b) como articulador de um modelo de gestão que assume as premissas anteriormente expostas a respeito da democratização das instituições e da dupla função dos Coletivos Organizados para a Produção. O conceito é, portanto, uma resposta à clara implicação das teorias e práticas administrativas com processos de produção de alienação, de expropriação e restrição das esferas decisórias de governo, processos que resultam na indução ao agir burocrático e em condições que consolidam uma perspectiva funcional de dominação. Em confronto com essa tradição, a cogestão apresenta-se como um projeto de construção de compromisso e solidariedade com o interesse público, de capacidade reflexiva e autonomia dos sujeitos. A partir da explicitação desses valores, o conceito afirma a dimensão coletiva da tarefa da gestão, que justamente por esta conformação não pode tornar-se atribuição de especialistas ou elites.
Abraço,
Marcos