Organização do Serviço de Saúde
Para falar sobre a organização do serviço de saúde precisamos entender primeiro os princípios da Gestão em Saúde que devem ser aplicados, e eles são: Direito a Saúde, Democracia Institucional, Descentralização (respeitando critérios de escala e escopo), Territorialização-regionalização, Universalização ( acesso, equidade e integralidade), Sistema baseado ou APS e a Clinica ampliada.
Agora discutindo sobre essa organização, primeiro é necessário saber que a verticalidade é hierarquizada no serviço, com cada profissional no seu setor e não há comunicação entre os sujeitos, sendo assim, o foco não é no cuidado com o usuário, já a horizontalidade gerencial se faz presente pela ausência de níveis hierárquicos, onde prevalece o saber técnico sobre o hierárquico, opondo-se a chefias e verticalidade.
Tem também a transversalidade que cria linhas que fazem cruzar a horizontalidade e verticalidade, é um modo que pretende superar os dois anteriores, tende a se realizar quando uma comunicação máxima se efetua entre os diferentes níveis e nos diferentes sentidos.
Por isso o apoio matricial, para melhorar a organização e funcionamento do sistema, pois um profissional oferece apoio em sua especialidade para outros profissionais, equipes e setores. Sendo diferente do da forma tradicional que é fragmentado de saberes e fazeres dado que ao mesmo tempo em que o profissional cria pertencimento à sua equipe/setor, também funciona como apoio, referência para outras equipes.
Por Emilia Alves de Sousa
Olá Laura,
Muito bacana a sua discussão trazendo esse modelo de organização, que fomente um cuidado integral, intersetorial, numa relação dialógica, com oferta de equipe de referência e de apoio.
No tratamento, sobretudo de usuários com doenças crônicas, é importante que o doente tenha uma equipe de referência para o seu cuidado. Isso estabelece uma maior confiança e amplia o compromisso de corresponsabilidade entre usuários e profissionais. A possibilidade de um tratamento exitoso, sem dúvida, é muito maior.
Nesse processo de horizontalidade e transversalidade, eu incluo também a circularidade. Nessa relação é importante o encontro em roda, a roda de conversa incluindo todos os sujeitos implicados no tratamento para elaboração do projeto terapêutico singular, de forma integrado, com múltiplos olhares e saberes, de forma que atenda as necessidades de saúde do usuário em tratamento. Os desafios são muitos, e muitas resistências devem ser superadas para esse modelo proposto. Mas precisamos avançar!
Um abraço!
Emília