Golpe de Vista
Golpe de vista
Elaine Perez
Recortes, cortes com Foucault
Ver, olhar, golpear com a vista.
Golpe de vista!
Direto ao ponto.
Linha traçada que mira e vai além do visto.
O sensível não o distrai, sua essência e desmistificadora.
O golpe é mudo, inquiridor, ferino, toca e atravessa.
Do olhar clínico, de campo aberto, de ouvidos atentos a fala do "paciente", ao golpe de vista que prescreve nova norma, novo olhar, temos na mirada a força que visa as profundezas do contato,"tato".
O "corpo" é o explorado!
Dissipam-se sintomas, frente a um "saber fazer" ordenado pela anatomia patológica.
O signo se movimenta, desvia e preenche a ausência do sintoma que quer falar.
Visão-tato- audição, atravessam o inacessível.
A anormalidade no funcionamento da massa, desvela a morbidez percebida.
Veredictos da percepção, são assinados e carimbados pela presença do corpo que anseia pela sentença.
Ufa, passei raspando!
Nem precisei falar nada!