VER-SUS/Santos e a saúde mental em movimento
Símbolo de resistência em tempos de retrocessos na política de saúde e de saúde mental
As Vivências e Estágios na Realidade do SUS (VER-SUS) é um projeto do Ministério da Saúde em parceria com a Rede Unida que tem como ponto de partida a formação de trabalhadores para o sistema de saúde. Nesse sentido, o coletivo de estudantes que mobilizam vivências e estágios no SUS de São Paulo coadunando a proposta da formação em saúde e levando em consideração a conjuntura política da saúde brasileira propõe o VERSUS Redes de Atenção Psicossocial (RAPS) na cidade de Santos entre os dias 14/02 à 24/02.
Com o objetivo de fortalecer a discussão da saúde mental apresentando aos viventes e facilitadores a relação da cidade de Santos, trabalhadores, usuários com a reforma psiquiátrica e luta antimanicomial dentro do SUS.
O itinerário de serviços de saúde mental que os participantes irão percorrer, são: Centros de Atenção Psicossociais, Residências Terapêuticas, Unidades Básicas de Saúde, Centro de Valorização da Criança (futuro CAPSi), Seção Centro de Referência Psicossocial ao Adolescente (futuro CAPS ADij), Seção de Reabilitação Psicossocial (serviço de geração de renda para usuários da RAPS específico da cidade), Seção Núcleo de Atenção ao Toxicodependente (futuro CAPS AD), Consultório na Rua. Além de participarem de rodas de conversas com a gestão municipal de saúde, usuários e participantes da frente de luta antimanicomial da Baixada Santista, conhecer a cidade de acordo com seus interesses e curiosidade e participar de eventos culturais oferecidos pela secretaria de cultura da cidade.
Assim, convidamos, para a vivência cuja imersão proporcionará ricos períodos de trocas não só entre os viventes, mas também com todos os pontos (pessoas, locais, histórias) desta vasta rede de cuidado em saúde mental.
E, como diz Peter Pal Pelbart no prefácio de Clínica Peripatética do Lancetti “é outra subjetividade que aí se esboça, talvez mais fluxionária e rizomática, com seus processos de recomposição intensiva sempre em andamento e abertos a exterioridade […] centrada nos percursos, nas articulações com o fora, nas conexões, nos planos de consistência que se conquistam”.
Venham de corações e mentes abertas!!!
Inscrições: 04/01 até 15/01
https://www.otics.org/estacoes-de-observacao/versus/inscricoesversus
Contato: [email protected]
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Olá Allan,
É sempre uma delícia encontrar um post que fala da resistência e mostra os caminhos para concretizá-la, como você faz. Não basta gritar aos sete ventos palavras de ordem, como vemos todos os dias nas redes sociais, mas arquitetar os modos de resistir para não perder as forças instituintes que vão se criando nos movimentos. E uma delas é sem dúvida a grande força da formação no território SUS.
No território nos deparamos com a necessidade da invenção e com os acontecimentos que dão protagonismo aos processos de produção de novas subjetivações. É aí que a vida se dá como criação.
Beleza, Allan!!!