Bem, enquanto fisioterapeuta formada há 11 anos e profissional sanitarista, fui ao VER-SUS Imperatriz-Ma impulsionada por uma colega de mestrado que vivenciou a experiência no inverno do ano passado e voltou muito empolgada!
Fui em busca de algo que me recarregassse as energias para continuar lutando pelo SUS, que hoje em especial, sofre grandes pressões de privatização. Fui em busca de pessoas que queiram dar as mãos e pensar num objetivo coletivo, e não no seu próprio umbigo.
Desde que cheguei, fui muito bem acolhida. São pessoas que sabem como receber, como acolher, como envolver! Estavam presentes graduandos de enfermagem, nutrição, psicologia, jornalismo, comunicação social, medicina, odontologia. O VER-SUS não limita a participação de graduandos da área da saúde, por entender que saúde é uma construção coletiva.
As vivências foram muito bem pensadas pela comissão organizadora do VER-SUS Imperatriz-MA para que refletisse a realidade singular de lá. Portanto, as plenárias permeavam questões sociais, como opressão religiosa (há uma variedade de religiões presentes em Imperatriz e região- conhecemos um centro espírita e uma tenda de umbanda), opressão LGBT, opressão feminina, além do papel dos graduandos na sociedade.
Por fazer parte da realidade de Imperatriz, tivemos roda de conversa sobre Saúde Indígena, mediada por profissional com experiência na área, o que foi muito enriquecedor, pois nunca havia tido a oportunidade de chegar tão perto dessa realidade.
Ainda tivemos a presença da articuladora da Política Nacional de Humanização (PNH) do Estado do Maranhão, que encantou a todos com seu amor pela causa; assistimos a filmes/vídeos que disparam a discussão sobre a saúde pública, no que diz respeito à qualidade, formação profissional, humanização, processo de trabalho.
Nesses 11 dias de Vicência, alojados na Universidade Federal do Maranhão- UFMA, visitamos CAPS AD, Infanto-juvenil, comunidade terapêutica, Hospital Municipal, Hospitais particulares, Hemocentro, Vigilâncias, base do SAMU, unidades de saúde da família, unidades básicas de saúde, além do aterro sanitário da cidade.
Foi muito interessante pois todas as visitas eram precedidas por dinâmicas que introduziam o assunto, e após as visitas discutíamos em plenária o que havíamos visto, o que poderíamos levar como exemplo, o que poderia ser melhorado e como poderia ser melhorado. E em se tratando do Estado do Maranhão, tudo era muito regado à dança, música e instrumentos como agogô, abê, tambor e etc., o que tornava tudo mais alegre!
Posso dizer que sou uma pessoa privilegiada por ter participado desse VER-SUS, por ter conhecido pessoas tão verdadeiras, cheias de vida e ricas de amor. Pessoas que lutam pelo coletivo, e que transpassam barreiras todos os dias e não desistem nunca! Foi muito bonito conviver com graduandos de todas as fases, de vários cursos, que já pensam o SUS de forma tão madura e séria e que sabem que juntos somos mais fortes, como diz a música que tanto embalou nossos dias na vivência: “ Companheiro, me ajude, eu não posso andar só, eu sozinho ando bem, mas com você ando melhor.”
Por patrinutri
Olá Fe, que bom ver sua estréia por aqui e com este relato super inspirador!
Que vivência interessante esta no VERSUS de Imperatriz no Maranhão!
Aqui na RHS há vários parceiros do VERSUS que você pode trocar experiências:
https://redehumanizasus.net/usuario/allang
https://redehumanizasus.net/93198-muita-gente-cantando-a-mesma-musica-no-ver-sus-breve-historico-de-um-projeto-de-vivencias-e-estagios-no-sus
https://redehumanizasus.net/usuario/artur-alves
https://redehumanizasus.net/93826-ver-sus-e-a-saude-da-populacao-negra
https://redehumanizasus.net/usuario/beatriz-vasconcellos
Conhecendo você como conheço, sei que muitas ideias vão render a partir desta experiência. Com certeza o SUS de Timbó e de toda a região ganhará com isso!
Conte com o comitê de Humanização do Médio vale para apoiá-la nas ações por aqui.
Fiquei curiosa para ver iamegns sobre esta experiência…
Bjs até breve!
Pat