ATENÇÃO BÁSICA DA SAÚDE DO HOMEM
No Brasil é bastante disseminada a ideia de que os serviços das unidades de atenção básica são destinados às mulheres e, atualmente, a presença masculina quando comparada á feminina, ainda é menos frequente. Esta baixa procura é devido a diferentes variáveis, uma delas aponta a prevalência masculina na procura de serviços emergenciais como pronto-socorro, pois são nestes serviços que podem expor melhor seus problemas e serem atendidos com mais agilidade. Essa busca por serviços de saúde se preconiza, uma vez que a atenção básica é a porta de entrada e o principal contato dos usuários com serviços de saúde, independentes de sexo ou idade.(FIGUEIREDO,2005)
A inclusão dos homens em ações de saúde é desafiador, pois ainda não existe o reconhecimento da importância do cuidado com a saúde e a valorização do corpo no sentido da saúde como questões sociais. ( SCHRAIBER ET AL, 2005)
A socialização dos homens e sua inserção na atenção básica tornam-se prejudicadas devido à simultaneidade da jornada de trabalho do indivíduo com o horário de funcionamento da unidade básica, inviabilizando, portanto, o atendimento. Outro fator que têm de ser levado em consideração é o receio que o paciente do sexo masculino tem em descobrir alguma doença e prejudicar sua família na questão econômica que, muitas vezes é provida somente por eles. A compreensão dessas barreiras é importante para a criação de medidas que possam promover o acesso dessa população aos serviços de saúde básica com o intuito de garantir a prevenção e a promoção de saúde .(BRASIL, 2008).
O Ministério da Saúde apresenta a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem objetivando promover ações de saúde voltadas para a população masculina adulta, que compreende 20% da população total do Brasil. (BRASIL, 2008) Para que seja possível o fortalecimento de ações, serviços em redes e cuidados da saúde, além da fiscalização do Ministério da Saúde nessas ações, visando também o estímulo ao auto cuidado e a consciência de que a saúde é um dever do Estado, direito social básico e de cidadania de todos os homens brasileiros.
FIGUEIREDO, W. Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção primária. Ciênc. saúde coletiva. Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP. São Paulo, 2005.
SCHRAIBER LB. Equidade de gênero e saúde: o cotidiano das práticas no Programa Saúde da Família do Recife. In: Villela W, Monteiro S, organizadores. Gênero e saúde: Programa Saúde da Família em questão. São Paulo: ABRASCO – UNFPA, 2005.
AbraSUS!
Brisa Camargo
Por mariany_fiuza
Hoje podemos ver que existem várias ações de gestão e planejamento que tornam mais fácil o acesso do homem nos serviços de saúde. Temos a gestão estratégica de recursos, de tal forma que seja possível proporcionar o equilíbrio da oferta do serviço com as reais necessidades da população masculina. Ótimo post!!!
Abraços 😉