Acesso e Equidade

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Taviana Areal Pereira 25/06/2016
O Sistema Único de Saúde atende diversas pessoas de diferentes locais em inumeras situações, mas isso não é novidade para ninguém. Por ser um programa tão importante e  complexo foi necessário implementar diversas diretrizes para o seu funcionamento e objetivo, sendo uma delas a elaboração dos princípios doutrinários do Sistema Unico de Saúde. Como havia dito no começo do post o SUS atende todo o tipo de pessoas sem distinguir as condições de saúde, cor, classe social e etc… tendo em vista essa situação nada mais facil do que pensar na igualdade como um dos seus princípios. Porém ao realizar uma breve analize sobre a situação expecifica de cada atendimento não podemos tratar com igualdade todas as pessoas que utilizam o SUS, porque se tratarmos todos com igualdade não poderemos priorizar aqueles que necessitam de um atendimento expecifico ou até com mais urgência. Pensando nisso foi implementado o princípio de Equidade que acaba sendo maior que a igualdade no Sistema Único de Saúde por tratar desigualmente os desiguais. Pode parecer estranho mas um dos princípios do Sistema Unico de Saúde tem como base o fato de priorizar o atendimendo desigual para aqueles que não são iguais e isso se evidência no atendimento aos indivíduos de acordo com suas necessidades, sempre priorizando o atendimento daqueles que mais necessitam, reconhecendo necessidades de grupos específicos e atuando para reduzir o impacto das diferenças. Como gestores ou futuro gestores sempre devemos lembrar que a palavra equidade tem como definição a característica de algo ou alguém que revela senso de justiça, imparcialidade, isenção e neutralidade.
 
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4 Comentários

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Por Emilia Alves de Sousa

O SUS é o maior sistema de saúde do mundo, tem apresentado muitos avanços, mas ainda não conseguiu consolidar todos os seus pricípios previstos na Lei 8.080/90. Ainda tem muitos desafios a serem superados, como o acesso e a própria equidade. Precisa ser fortalecido, para que vá na direção das necessidades de saúde da população, respeitando as diversidades regionais.

Valeu pela postagem Taviana!

AbraSUS!

Emília

 

    Por Taviana Areal Pereira

    Emilia, obrigada pelo comentário. Nós sabemos que o caminho ainda está sendo construido, mas o SUS já  teve grandes avanços e se lembrarmos sempre do significado da equidade conseguiremos chegar aos nossos objetivos com justiça e equilibrio.

    AbraSUS.

Por deboraligieri

Olá, Taviana.

A equidade, ao lado da universalidade e integralidade, é um princípio que faz do SUS não apenas um sistema de saúde, mas um sistema promotor de justiça social, como você bem nos lembra. A noção do acesso desigual para tratar necessidades desiguais é justamente a forma de se buscar esse tratamento justo. Mas como seria esse tratamento desigual na prática, principalmente em relação a tratamentos disponibilizados a partir de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas que muitas vezes acabam padronizando as pessoas? 

Cito um exemplo deste problema: o tratamento previsto para pessoas com diabetes. No PCDT de diabetes estão previstos atendimentos e tratamentos medicamentosos que funcionam para boa parte das pessoas com diabetes tipo 2, mas são inadequados para pessoas com diabetes tipo 1 (que correspondem a apenas 8% dos casos de diabetes no Brasil, ou seja, são a minoria). Que outra ferramenta, além da judicialização da saúde, seria viável para, ao mesmo tempo, atender às necessidades diferenciadas das pessoas com diabetes tipo 1, cumprindo assim o princípio da equidade, e propiciar a melhoria do SUS?

Será que a imparcialidade, isenção e neutralidade, em casos semelhantes a este do diabetes tipo 1, não poderiam ser interpretados como desprezo pela situação diferenciada, sob a escusa de busca da igualdade (e não da equidade)?

Abraços,

Débora

    Por Taviana Areal Pereira

    Olá, Débora.

    Muito importante esse feedback que você trouxe aqui no cometário! Realmente é melhor olhar e analisar  cada caso, para que a igualdade seja para todos.

    AbraSUS, Taviana.