Regulação, Equidade e Regionalização

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A Regulação tem sido uma ferramenta de gestão muito falha no DF, se olharmos pelo prisma da equidade, pelo menos nas minhas experiências e vivências.

Muitas vezes a regulação se preocupa apenas com a ordem na fila e em disponibilizar as vagas na ordem em que aparecem os usuários. No DF, o que acontece na prática é que na maior parte dos serviços, não se levam em conta outros parâmetros que não a ordem de entrada na fila, assim, não há como assegurar equidade, pois existem casos mais urgentes que outros e que deveriam receber prioridade. Além disso, como há aqui um grande problema com a Regionalização – essencial para uma boa regulação -, as pessoas acabam sendo mandadas para o outro lado do DF para realizar um exame ou conseguir um atendimento, e isso gera um grande número de faltas. 

Isso, além de ser ruim para a população, que acaba ficando sem atendimento, é ruim para o sistema de saúde, que acaba gastando seus recursos em vão, pois não está atendendo o número de pessoas que poderia.

Se o usuário não tem como cruzar o DF para fazer o seu exame ou receber o atendimento, certamente irá à emergência do hospital mais próximo de sua casa para tentar. Assim, alguns serviços ficam superlotados enquanto outros ficam vazios. Dessa maneira, a Regulação, que deveria garantir o acesso e a equidade, acaba fazendo o contrário e reforçando a falta de integração da rede.