Um peixe contra a dengue

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Luiz Felipe Ferreira Stevanim 05/07/2016

A história da cidade que erradicou o mosquito com métodos naturais e hoje é referência em controle vetorial.

 

“Eles não carregam mais venenos dentro de suas bolsas. Aquele exército de homens de uniforme bege, todos com um embornal a tiracolo, um boné e o rosto queimado de sol, passou a usar uma nova arma contra o mosquito transmissor da dengue: ao invés de larvicida, os agentes de combate a endemias levam consigo uma garrafinha com um peixe de pouco mais de dois centímetros, conhecido na linguagem popular como piaba rabo de fogo ou simplesmente piabinha. É com vida, e não com morte, que a cidade de Pedra Branca venceu o Aedes aegypti: o município, no interior do estado do Ceará, há dez anos não registra um caso de dengue transmitido dentro de seu próprio território. “

 

Na revista Radis desse mês: https://www6.ensp.fiocruz.br/radis/revista-radis/166/reportagens/um-peixe-contra-dengue

 

3 Comentários

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Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg

Olá Luiz Felipe,

Muito boa a iniciativa de duplicar aqui esta publicação de uma abordagem da questão que traz o uso de tecnologias leves, naturais, plenamente integradas nos modos sustentáveis de lidar com a vida hoje. Nada mais urgente para preservá-la!

abraSUS!

    Por Luiz Felipe Ferreira Stevanim

    Olá, Maria Luiza

    A experiência de Pedra Branca mostra a soma de esforços para lidar com uma situação de saúde pública, a partir das condições sociais e naturais disponíveis. Como algumas pessoas disseram na matéria, iniciativas como essa colocam em prática os princípios do SUS, principalmente de participação social.

    abraSUS!

Por deboraligieri

Parabéns pela matéria fantástica, Luiz Felipe!

Uma abordagem completa sobre as condições de desenvolvimento de medidas que evitam (e das que favorecem também) a proliferação de doenças associadas ao aedes, e sobre como as soluções biológicas regionais são mais simples, baratas e saudáveis do que o combate químico, mais caro (e lucrativo para o “mercado da epidemia”) e ineficaz. Mostra também a importância da participação ativa da população no sucesso das medidas adotadas, e como o trabalho dos agentes comunitários de saúde, integrado ao trabalho dos agentes de combate a endemias, é imprescindível para o alcance dos resultados relatados (dez anos sem casos de dengue na cidade).

Ou seja: um SUS que dá certo, garante saúde e qualidade de vida, com participação da comunidade, e economicamente e ecologicamente sustentável!

Abraços,

Débora